O Brasil se despede hoje de uma das figuras mais marcantes da sua história econômica e política. Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, faleceu aos 96 anos no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 5 de agosto devido a complicações de saúde.
Delfim Netto foi um dos economistas mais influentes do país, tendo liderado a economia brasileira durante um período crucial da ditadura militar, entre 1967 e 1974. Ele foi o responsável por implementar políticas que resultaram no chamado “milagre econômico”, um período de crescimento acelerado do PIB, que chegou a taxas de até 14% ao ano.
Formado pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Delfim Netto iniciou sua carreira acadêmica como professor e rapidamente se destacou no cenário econômico nacional. Em 1967, aos 39 anos, foi convidado pelo marechal Arthur da Costa e Silva para assumir o Ministério da Fazenda, cargo que ocupou até 1974, durante os governos dos generais Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici.

Além de sua atuação no Ministério da Fazenda, Delfim Netto também foi ministro do Planejamento entre 1979 e 1985, ministro da Agricultura em 1979 e embaixador do Brasil na França entre 1975 e 1977. Após o fim do regime militar, ele continuou a influenciar a política econômica do país, sendo eleito deputado federal em 1986 e reeleito por mais quatro mandatos consecutivos, permanecendo na Câmara dos Deputados até 2007.
Delfim Netto é lembrado tanto por suas contribuições ao crescimento econômico quanto pelas controvérsias associadas ao período da ditadura. Ele participou da reunião do Conselho de Segurança Nacional que aprovou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que intensificou a repressão e suprimiu direitos constitucionais. Apesar disso, sua influência na economia brasileira é inegável, com mais de 10 livros publicados e centenas de artigos e estudos sobre problemas econômicos do país.
Em 2014, Delfim Netto doou sua vasta biblioteca pessoal, com mais de 100 mil títulos, para a FEA-USP, contribuindo para a formação de futuras gerações de economistas.
Delfim Netto deixa uma filha e um neto. Segundo a família, não haverá velório aberto ao público, e o enterro será restrito aos parentes.
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