Em uma operação secreta que abalou a infraestrutura de comunicações do Hezbollah, a agência de espionagem israelense Mossad plantou explosivos em 5.000 pagers importados pelo grupo libanês. As detonações, ocorridas na terça-feira (17), resultaram na morte de doze pessoas e feriram quase 3.000, incluindo combatentes do Hezbollah e o enviado do Irã a Beirute.
Fontes de segurança libanesas revelaram que os pagers, adquiridos da empresa taiwanesa Gold Apollo, foram modificados para incluir explosivos durante o processo de fabricação. A empresa afirmou que os dispositivos foram feitos por uma empresa europeia licenciada para usar sua marca. Os pagers foram fabricados pela BAC Consulting KFT, uma empresa sediada em Budapeste, Hungria. Segundo fontes, uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a um interruptor, permitindo que os dispositivos fossem detonados remotamente.
Por volta das 15h30, horário local (9h30 em Brasília), os pagers receberam uma mensagem que parecia ter vindo da liderança do Hezbollah, mas que na verdade ativou os explosivos. O fato de os pagers terem tocado antes da explosão pode ter induzido os usuários a manusearem os dispositivos, aumentando o número de feridos.
As explosões representam um golpe significativo para o Hezbollah, que utilizava os pagers como parte de sua rede de comunicações descentralizada. A revelação de que Israel conseguiu modificar esses dispositivos expõe uma vulnerabilidade crítica na infraestrutura do grupo. Testemunhas relataram que várias pessoas sofreram ferimentos na cabeça, nas mãos e na região da cintura. Em resposta, o Hezbollah prometeu retaliação, intensificando as tensões já elevadas na região.
A Rússia condenou o ataque, classificando-o como um “ato de guerra híbrida” contra o Líbano. A comunidade internacional observa com preocupação o aumento das tensões entre Israel e o Hezbollah, temendo uma escalada do conflito que poderia desestabilizar ainda mais o Oriente Médio. O governo brasileiro também expressou sua condenação, destacando a escalada significativa das tensões na região.
O ataque aos pagers do Hezbollah é um exemplo claro das complexas operações de inteligência que caracterizam o conflito entre Israel e seus adversários na região. Com as tensões em alta, a comunidade internacional aguarda ansiosamente os próximos desdobramentos deste conflito.
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