Diante da crise hídrica que afeta o Brasil, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) propôs a reintrodução do horário de verão como uma estratégia para reduzir a pressão sobre o sistema energético. A recomendação faz parte de um plano de contingência que visa assegurar a estabilidade do fornecimento de energia até 2026.
Em uma coletiva de imprensa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que outras medidas para o “plano antiapagão” estão sendo avaliadas. A decisão final sobre o retorno do horário de verão será tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com um anúncio esperado até o início de outubro.
O Brasil enfrenta a pior seca em 94 anos, conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A reintrodução do horário de verão é vista como uma forma de aumentar a geração de energia solar e ajustar o pico de consumo elétrico, que ocorre entre 18h e 19h nos dias úteis. Essa medida poderia evitar o uso de usinas térmicas, que são mais caras e menos sustentáveis.
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Como funciona o horário de verão?
Durante o horário de verão, os brasileiros ajustam seus relógios, adiantando-os em uma hora a partir da meia-noite do dia de início. Quando o período termina, os relógios são atrasados em uma hora. Essa mudança, no entanto, não é aplicada em todo o país, afetando apenas os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
O horário de verão no Brasil foi estabelecido pelo Decreto nº 6.558/08 e alterado pelo Decreto nº 9.242/17. Atualmente, ele vigora da seguinte forma: começa à zero hora do primeiro domingo de novembro e vai até zero hora do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Se o término coincidir com o domingo de carnaval, o horário de verão é estendido até o domingo seguinte.
Agora, aguarda-se a decisão do governo sobre a reintrodução do horário de verão em 2024. A medida pode ajudar a mitigar os efeitos da crise energética e gerar economias significativas para o país. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, já manifestou apoio à ideia, classificando-a como “positiva”.
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