Rio Negro supera seca de 2023 e atinge recorde histórico

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O Rio Negro atingiu hoje, 3 de outubro de 2024, a marca de 12,68 metros, superando o recorde de seca histórica do ano passado. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), esta é a menor marca registrada desde que o monitoramento começou em 1902.

O recorde anterior foi estabelecido em 26 de outubro de 2023, quando o nível do rio chegou a 12,70 metros. No entanto, a diferença entre os dois anos é significativa, com o nível do Rio Negro em 3 de outubro de 2023 sendo 15,14 metros. Isso representa uma diferença de 2,46 metros, evidenciando a gravidade da seca atual.

Vale destacar que, embora tanto o rio Negro quanto o rio Solimões estejam em processo de cheia nas cabeceiras – nos municípios brasileiros de Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira e na cidade peruana de Iquitos – os efeitos só devem ser sentidos na cidade de Manaus a partir da terceira semana de outubro. A situação em Barcelos também é preocupante, com o rio Negro vazando cinco centímetros por dia na última semana. Entre essa quarta-feira (2) e hoje, houve uma redução de dois centímetros, indicando uma desaceleração da estiagem na calha do Alto Rio Negro.

A seca tem causado impactos devastadores no ecossistema e na vida das pessoas que dependem do rio para sobreviver. Afluentes e lagos que atravessam a capital amazonense também secaram, criando um cenário preocupante. A Prefeitura de Manaus anunciou a interdição da praia do complexo turístico de Ponta Negra, na zona Oeste da cidade, devido à baixa balneabilidade do rio.

O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) está monitorando a situação de perto e alertando sobre a possibilidade de o nível do rio continuar caindo abaixo dos 12 metros. A previsão é que, se a seca persistir, Manaus possa enfrentar a pior seca de todos os tempos.

(Foto: Matheus Castro/g1)

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