Imagens e vídeos impressionantes do Furacão Milton; veja

O Furacão Milton tocou o solo da Flórida na noite de quarta-feira (9) e deixou um rastro de destruição por onde passou. Com ventos violentos e chuvas torrenciais, o fenômeno devastou cidades, arrancou telhados, derrubou árvores e deixou ao menos 10 mortos. Mais de 3 milhões de pessoas estão sem energia elétrica, e as autoridades ainda tentam calcular a extensão total dos danos.

A tormenta chegou à costa da Flórida por volta das 21h30 (horário local), com ventos que atingiram 210 km/h. Durante as 11 horas em que o furacão permaneceu sobre o estado, seu impacto foi devastador. Árvores foram arrancadas pela raiz, postes caíram e casas perderam suas coberturas, deixando famílias expostas às fortes chuvas e inundações.

Entre as áreas mais afetadas está a cidade de Tampa, onde diversos bairros registraram inundações severas. “É uma destruição que não víamos há anos. A água invadiu as ruas com uma força impressionante, e os ventos destruíram tudo o que encontraram pela frente”, relatou John Davis, morador da região.

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Vídeos do Furacão Milton na Flórida

Estádio usado como abrigo perde cobertura

O estádio de Jacksonville, que havia sido designado para servir de abrigo para desabrigados e evacuações de emergência, teve sua cobertura arrancada pelos ventos. Felizmente, os ocupantes foram transferidos a tempo para instalações seguras. Ainda assim, a perda do estádio representa um golpe na logística de acolhimento das vítimas, especialmente em um momento em que muitos perderam suas casas.

“Estávamos confiantes de que o estádio poderia abrigar centenas de pessoas, mas os danos foram severos e tivemos que agir rapidamente para garantir a segurança de todos”, disse a diretora da Agência de Gestão de Emergências da Flórida, Emily Carter.

Inundações e caos no fornecimento de energia

Além dos estragos físicos, o Furacão Milton causou um colapso no fornecimento de energia, deixando milhões de moradores sem eletricidade. As autoridades estaduais informaram que mais de 3 milhões de residências e estabelecimentos comerciais foram afetados, e não há previsão para a restauração completa do serviço. Equipes de emergência estão mobilizadas, mas muitas áreas continuam inacessíveis devido às inundações e aos destroços nas estradas.

“O sistema de energia está completamente sobrecarregado”, explicou o porta-voz da companhia de energia local, ressaltando que será necessário um esforço massivo para restaurar a rede elétrica em meio ao caos deixado pelo furacão.

Vítimas e resgates

Até a última atualização, o número de mortes confirmadas chegou a 10, mas as autoridades temem que esse número possa aumentar à medida que as operações de resgate avancem. “Ainda estamos realizando buscas nas áreas mais atingidas e temos esperança de encontrar sobreviventes, mas o cenário é muito difícil”, afirmou o chefe de polícia de Tallahassee, Mark Thompson.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou estado de emergência e mobilizou a Guarda Nacional para auxiliar nos resgates e na distribuição de suprimentos. “A Flórida está unida neste momento de dor e reconstrução. Não descansaremos até que cada pessoa esteja segura e até que o estado volte a se reerguer”, disse DeSantis em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (10).

Rumo ao Atlântico

Após deixar a Flórida, o Furacão Milton perdeu força e segue agora em direção ao Oceano Atlântico. No entanto, meteorologistas alertam que ele ainda pode causar tempestades e inundações nas regiões costeiras do sudeste dos Estados Unidos, como Geórgia e Carolina do Norte, antes de se dissipar completamente.

Enquanto a tempestade se afasta, o trabalho de reconstrução na Flórida está apenas começando. Milhares de moradores permanecem deslocados e as equipes de emergência enfrentam um desafio monumental para restabelecer a normalidade em meio ao caos.

A expectativa é que os próximos dias revelem o verdadeiro alcance da destruição causada pelo Furacão Milton, à medida que o estado começa a contabilizar as perdas humanas e materiais deixadas pela fúria da natureza.

Fotos : Reuters ; Chris O’Meara / AP ; Max Chesnes / AP

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