Mayc Vinicius Teixeira Parede, 42 anos, foi preso na noite desta segunda-feira (4), em Manaus, sob suspeita de assassinar o policial militar Elizeu da Paz de Souza. Ambos eram réus no polêmico “Caso Flávio”, ocorrido em 2019, que resultou na morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos e teve grande repercussão na capital amazonense. A prisão de Mayc reacende o interesse público e traz novos elementos à tona em um caso que já ocupou os noticiários regionais por anos.
Elizeu foi baleado na cabeça enquanto estava em um carro de aplicativo no bairro da Paz, Zona Centro-Oeste de Manaus, e chegou a ser levado ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, mas faleceu na madrugada desta terça-feira (5). Mayc Parede teria efetuado o disparo que o vitimou e, posteriormente, se apresentou espontaneamente à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Entenda o crime
De acordo com o Boletim de Ocorrência, a sequência de eventos começou com uma solicitação de corrida feita por uma mulher para um motorista de aplicativo. O ponto de partida era a Avenida Torquato Tapajós, com destino a um condomínio no bairro da Paz. Ao chegar ao local, apenas dois homens, Elizeu e Mayc, embarcaram no veículo. Elizeu sentou-se no banco da frente, enquanto Mayc ocupou o assento traseiro.
Durante o trajeto, o motorista ouviu um barulho, que inicialmente acreditou ser um pneu estourado. Ao olhar para trás, percebeu que Mayc segurava uma arma e que Elizeu havia sido baleado. O suspeito então ordenou que o motorista parasse o carro e fugiu do local. Após o ataque, o motorista acionou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestou socorro imediato à vítima.
Histórico de Elizeu e Mayc no Caso Flávio
A história de Elizeu da Paz e Mayc Parede ganhou notoriedade em 2019 com o assassinato de Flávio Rodrigues dos Santos, engenheiro encontrado morto após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, filho da ex-primeira dama de Manaus, Elizabeth Valeiko. O caso envolveu figuras públicas e destacou questões de segurança e abuso de poder.
Na época, Mayc confessou ser o autor das facadas que mataram o engenheiro Flávio, enquanto Elizeu teria participado como o motorista que transportou o corpo do condomínio até um terreno no bairro Tarumã. Em decorrência dos fatos, ambos foram indiciados pela Polícia Civil e responderiam a júri popular, aguardando julgamento em liberdade até o recente episódio.
Em 2021, a Justiça do Amazonas absolveu Paola Valeiko e Evandro Martins de Souza e retirou Alejandro Molina Valeiko do processo, mantendo Elizeu e Mayc como os únicos réus ainda respondendo pelo crime. O caso reacende questões sobre a segurança de testemunhas e envolvidos em crimes de grande repercussão e levanta dúvidas sobre as relações entre os acusados.
Impacto da prisão e continuação das investigações
A prisão de Mayc Parede é vista como um marco no desfecho de um capítulo conturbado e violento na história criminal de Manaus. Para as autoridades, o caso agora passa a ter um enfoque renovado, tanto pela reincidência de violência entre os envolvidos quanto pela complexidade das investigações que se seguirão. A Polícia Civil do Amazonas ainda busca esclarecer o contexto completo do crime e, especialmente, os motivos que teriam levado ao assassinato do sargento Elizeu, ressaltando a necessidade de aprofundamento das investigações.
A repercussão pública desse caso, que envolve figuras que outrora possuíam ligações com a segurança pública e o setor privado, continua mobilizando o interesse da população.
(Foto de capa: Carolina Diniz/Arquivo)
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