Manaus foi palco de uma ação contundente da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (26), com a deflagração da Operação Último Show, que resultou na prisão de um homem acusado de uma série de crimes hediondos contra crianças.
O suspeito, cujo nome não foi divulgado, é apontado como responsável por praticar estupro de vulnerável, além de produzir, armazenar e compartilhar vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil na internet. O caso tornou-se ainda mais chocante pelo fato de o investigado ser integrante de uma banda que frequentemente se apresentava em festas e eventos infantis — um ambiente onde ganhava a confiança de famílias e crianças.
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Investigação com uso de tecnologia avançada
Segundo informações da PF, a investigação teve início a partir da detecção do suspeito por meio de um software especializado, desenvolvido para rastrear conteúdos ilícitos na rede. A ferramenta identificou a disseminação de material de abuso sexual infantil associado ao suspeito, o que levou à abertura de inquérito e à posterior operação para capturá-lo.
Ainda conforme as autoridades, o investigado não apenas praticava o abuso contra crianças de sua própria família, mas também compartilhava os registros dessas atrocidades em fóruns na internet, ampliando o alcance do crime.
Núcleo familiar vulnerável
O delegado responsável pela operação afirmou que a relação de parentesco com algumas vítimas agrava o contexto dos abusos, configurando crimes de extrema gravidade sob o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “A proximidade com as vítimas demonstra um abuso de confiança, o que torna esse caso ainda mais repugnante e complexo”, destacou.
Consequências jurídicas
Após ser detido, o suspeito foi conduzido à sede da Polícia Federal para prestar depoimento e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional. Ele responderá pelos crimes de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), produção, armazenamento e distribuição de material de abuso sexual infantil, previstos no ECA.
As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. Além disso, as investigações continuam para identificar possíveis cúmplices ou outros envolvidos nos fóruns onde o material foi compartilhado.
Impacto social e apelo por denúncias
A Operação Último Show gerou comoção em Manaus, principalmente entre famílias que contratavam os serviços da banda para eventos infantis. Entidades de proteção à infância reforçaram a necessidade de atenção redobrada dos responsáveis com o entorno de crianças e de denúncias rápidas em caso de suspeitas.
A Polícia Federal mantém aberta a linha direta para denúncias anônimas, incentivando a população a colaborar com informações que possam prevenir novos casos de abuso infantil.
O nome da operação
O título “Último Show” foi escolhido como uma alusão ao vínculo do suspeito com o universo infantil, utilizado como disfarce para suas ações criminosas. Com sua prisão, as autoridades esperam encerrar o ciclo de crimes e evitar novos traumas.
Se você souber de algum caso de abuso infantil, denuncie. Ligue para o Disque 100, canal nacional de denúncias anônimas e gratuitas, ou procure as autoridades locais.
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Foto: Divulgação / PF
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