Após um longo período de estiagem, o Rio Negro apresentou os primeiros sinais de cheia em Manaus, com dois dias consecutivos de elevação em seu nível. De acordo com o monitoramento realizado pelo Porto da capital amazonense, entre quarta-feira (12) e quinta-feira (13) foi registrada uma subida de seis centímetros, fazendo com que o nível das águas atingisse 18,96 metros nesta quinta.
Desde o início de novembro, o cenário era marcado por forte seca. Entre os dias 1º e 9, o Rio Negro teve uma baixa de 19 centímetros, refletindo o impacto da estiagem severa que atingiu a região. Nos dias 10 e 11, o nível permaneceu estável, sem apresentar variações, mas a elevação desta semana aponta para uma possível reversão gradual do quadro.
Tendência positiva em outras regiões do estado
O comportamento dos rios também sinaliza melhora em outras cidades do interior do Amazonas, conforme informações do sistema de monitoramento Proa Manaus. Em Itacoatiara, o Rio Amazonas já marca 5,54 metros e apresenta aumento contínuo desde o final da semana passada. Em Coari, o Rio Solimões chegou a 10,2 metros nesta quinta, enquanto em Tabatinga, o mesmo rio registrou 7,76 metros, com elevação progressiva nos últimos dias.
Esses dados sugerem que o ciclo hidrológico do estado pode estar entrando em uma nova fase, com a recuperação gradual dos níveis dos principais rios, fundamentais para o transporte fluvial, abastecimento das comunidades ribeirinhas e equilíbrio ambiental da região.
Repiquete ainda é uma possibilidade
Apesar dos sinais positivos, especialistas alertam para a possibilidade do fenômeno conhecido como repiquete, quando os rios apresentam elevação temporária e voltam a baixar nos dias seguintes. Isso pode adiar o início efetivo do período de cheia, exigindo cautela e atenção redobrada no monitoramento.
O acompanhamento diário realizado pelos órgãos responsáveis permanece ativo para avaliar o comportamento das águas e seus reflexos diretos nas comunidades afetadas pela estiagem. O retorno gradual da cheia é considerado essencial para a recuperação econômica e ambiental da região, especialmente após a seca histórica que comprometeu o abastecimento, a pesca, a navegação e a biodiversidade amazônica.
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