A Prefeitura de Manaus anunciou que passará a oferecer, a partir de janeiro de 2026, o Implanon — método contraceptivo de longa duração — em 11 unidades da rede municipal de saúde. A informação foi confirmada nesta terça-feira (26) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que iniciou o processo de implantação com capacitação de médicos da atenção básica.
O Implanon é um implante subdérmico que libera o hormônio etonogestrel e possui eficácia de até três anos. Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), o método se destaca pela praticidade e alta taxa de prevenção de gestações não planejadas.
Para preparar a rede municipal, a Semsa realizou, nos dias 25 e 26 de novembro, um encontro de capacitação com profissionais médicos na Unidade de Saúde da Família (USF) Armando Mendes, no bairro Cidade Nova, zona Norte. Participaram equipes da zona urbana e rural, incluindo a maternidade Moura Tapajóz e a Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF), garantindo que o serviço chegue também às comunidades ribeirinhas.
“Estamos treinando os profissionais e discutindo fluxos de atendimento. Após esse primeiro encontro, os médicos poderão atuar como multiplicadores, e novas oficinas serão realizadas para ampliar o número de unidades que irão ofertar o serviço em Manaus”, afirmou a enfermeira Lúcia Freitas, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa.
Ela ressalta que, embora eficaz, o Implanon não é indicado para todas as mulheres. “Há contraindicações relativas e absolutas. Por ser um anticoncepcional hormonal, é necessário avaliar a saúde da paciente. Mulheres em tratamento para câncer de mama, com risco aumentado para a doença ou que tiveram AVC, por exemplo, não devem usar o método. Por isso, a inserção exige avaliação prévia”, completou.
O Implanon atua no organismo por até três anos sem necessidade de manutenção. Após esse período, deve ser retirado. Caso haja interesse, um novo implante pode ser inserido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A fertilidade retorna de forma rápida após a remoção do dispositivo.
No SUS, o único método LARC atualmente disponível é o DIU de cobre. Diferentemente das pílulas ou injetáveis, os métodos de longa duração oferecem maior eficácia por não dependerem da adesão contínua da usuária. A rede pública também disponibiliza outros métodos contraceptivos, como preservativos masculino e feminino, anticoncepcionais orais, injetáveis mensais e trimestrais, laqueadura e vasectomia. Apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
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