PL de Roberto Cidade propõe criação de campanha de valorização e respeito ao professor na rede pública e privada de educação

Em um momento em que toda a sociedade discute medidas que possam amenizar as ameaças, diminuir o medo e devolver a estabilidade à vida escolar, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 16/2023, que propõe a realização de uma campanha permanente, nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do Estado do Amazonas, de valorização e respeito ao trabalho do professor.

O PL, apresentado em fevereiro deste ano, prevê a realização de campanhas publicitárias para reforçar a importância do educador no ambiente escolar e na formação que perpassa as salas de aula.

“Temos observado que, infelizmente, os professores têm deixado de ser respeitados como merecem. E isso tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. Isso precisa mudar. Temos que restabelecer o respeito para com os professores. Sem professor não há educação nenhuma, não há formação. Para além da educação doméstica, respeitar o professor é uma questão de dever, de reconhecimento da importância desse agente social que ajuda a formar cidadãos e a construir a sociedade”, defendeu.

Uma pesquisa realizada pela organização de impacto social Nova Escola revelou que sete em cada dez professores perceberam aumento da agressividade na escola, principalmente, entre alunos após a retomada das aulas presenciais no período pós-pandemia. O estudo ouviu 5.300 professores e 80% deles relataram casos de violência dentro das instituições de ensino em que trabalham, enquanto seis em cada dez disseram ter sido as próprias vítimas.

A maioria dos casos contra professores está ligada à violência verbal, relatada por pouco mais da metade dos entrevistados. A violência psicológica foi o segundo tipo de agressão mais citada, com 22,89%. Houve também alguns casos de violência física, mencionada por 7% dos professores. Metade dos participantes disse que os estudantes são os principais agressores, seguido de pais (25,6%), gestores (11,4%) e colegas (9%).

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