Um avião comercial da Azerbaijan Airlines, com 67 pessoas a bordo, incluindo cinco tripulantes, caiu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, na madrugada desta quarta-feira (25). A aeronave, um jato fabricado pela Embraer, voava de Baku, no Azerbaijão, para Grozny, na Chechênia, mas desviou de sua rota original antes de cair no lado oposto do Mar Cáspio, em circunstâncias ainda sob investigação.
De acordo com o órgão regulador da aviação da Rússia, o desvio pode ter sido provocado por uma emergência. As primeiras informações sugerem que a aeronave teria colidido com pássaros antes de perder o controle. Relatos indicam que o avião sobrevoou a área próxima ao aeroporto de Aktau antes do acidente, mas não conseguiu realizar um pouso de emergência.
Vídeos do incidente, amplamente divulgados em redes sociais e veículos de imprensa, mostram o jato descendo em alta velocidade antes de explodir ao atingir a costa. Uma coluna de fumaça preta podia ser vista de longe, e os destroços da aeronave ficaram espalhados pela área. Passageiros ensanguentados e feridos foram vistos deixando a fuselagem, que, em parte, permaneceu intacta após o impacto.
Equipes de emergência chegaram rapidamente ao local do acidente. O Ministério de Emergências do Cazaquistão informou que ao menos 32 pessoas, entre elas duas crianças, foram resgatadas com vida e encaminhadas a hospitais da região. Vários sobreviventes estão em estado grave, de acordo com os médicos que os atenderam. Os corpos das vítimas fatais estavam sendo recuperados pelos bombeiros e equipes de resgate.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, expressaram condolências às famílias das vítimas. Aliyev, que estava na Rússia para participar de uma cúpula, cancelou seus compromissos e retornou ao Azerbaijão. O líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, também lamentou o acidente e pediu orações pela recuperação dos sobreviventes em estado crítico.
A fabricante brasileira Embraer, responsável pelo modelo da aeronave envolvida no acidente, emitiu um comunicado lamentando o ocorrido. “Estamos profundamente tristes com a ocorrência de hoje, próximo a Aktau, no Cazaquistão. Os nossos pensamentos e sinceras condolências vão para as famílias, amigos, colegas e entes queridos afetados pelo ocorrido. Estamos acompanhando de perto a situação e continuamos totalmente empenhados em apoiar as autoridades competentes”, declarou a empresa.
Especialistas em aviação já foram enviados ao local para investigar as causas do acidente. Entre os fatores analisados estão as condições climáticas, possíveis falhas mecânicas e a hipótese de colisão com aves, que teria causado uma emergência durante o voo.
Este é o mais recente de uma série de incidentes envolvendo aeronaves comerciais em 2024. Apesar de o modelo da Embraer ter um histórico de segurança bem avaliado, as investigações buscarão determinar se houve falhas no design, manutenção ou operação da aeronave.
A tragédia mobilizou autoridades de diversos países e reforçou o alerta para a segurança aérea na região, que tem enfrentado desafios relacionados ao aumento do tráfego aéreo e à infraestrutura aeroportuária limitada em algumas áreas. A expectativa é que o relatório inicial das investigações seja divulgado nas próximas semanas.
Com informações da Agência Reuters e fontes locais.
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(Capa: O Embraer 190 pegou fogo e se partiu ao meio durante um pouso de emergência. Foto: Reuters)
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