O trio conhecido como ‘Bonde dos Playboys’, composto por Enrick Benigno Lima, 20 anos, Marcos Vinícius Mota da Silva, 18 anos, e Pedro Henrique de Carvalho Baima, 20 anos, apresentou-se voluntariamente à Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) na noite desta terça-feira (22). Os jovens se tornaram alvo das autoridades após a divulgação de vídeos em que aparecem cometendo uma série de crimes nas madrugadas de Manaus. Segundo a defesa, eles estão arrependidos e envergonhados pela repercussão.
Entrega voluntária e reação da defesa
Em entrevista, o advogado Affimar Cabo Verde, que representa os jovens, destacou que o trio não tem antecedentes criminais e que a família de cada um também está sofrendo com os efeitos da exposição pública do caso. “São pessoas normais, sem histórico criminal, que agora enfrentam uma situação muito delicada. Eles estão profundamente abalados com toda a repercussão”, afirmou o advogado.
A apresentação voluntária ocorreu por volta das 23h no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). No entanto, o trio não foi ouvido devido à indisponibilidade do delegado Cícero Túlio, que acumula funções no 24º DIP. A defesa foi informada de que o depoimento só poderá ser realizado no próximo dia 30 de outubro. “Estamos à disposição para colaborar e prestar todos os esclarecimentos necessários, aguardando um momento oportuno para isso”, acrescentou Cabo Verde.
Operação Sangue Azul e prisões temporárias
Os jovens foram alvos da Operação Sangue Azul, deflagrada na segunda-feira (21) pela PC-AM, que resultou na apreensão de celulares e munições de calibre .380, os quais passarão por perícia. A prisão temporária do trio foi decretada, e eles foram considerados fugitivos até a apresentação na delegacia.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, os suspeitos são investigados por envolvimento em pelo menos nove crimes. Em vídeos que circulam nas redes sociais, o grupo é visto colocando a vida de terceiros em risco, em ações realizadas durante a madrugada.
Controvérsias na condução da operação
Affimar Cabo Verde criticou a forma como o caso foi conduzido pelas autoridades, alegando que a abordagem poderia ter sido mais conciliatória. “Era desnecessário solicitar mandados de prisão temporária. Bastaria que fossem intimados em suas residências para prestar esclarecimentos de forma pacífica”, argumentou.
A defesa também enviou um documento à polícia citando o Código Eleitoral, que restringe prisões de eleitores cinco dias antes e 48 horas após as eleições, exceto em flagrante ou por crime inafiançável. A medida visa garantir que o trio permaneça em liberdade enquanto aguardam para prestar depoimento.
O advogado ressaltou a importância de aguardar os próximos passos da investigação e reforçou que o trio está disposto a colaborar com a Justiça. “Eles querem esclarecer tudo o que aconteceu e responder de forma adequada pelas acusações que lhes foram atribuídas”, finalizou.
Veja vídeo:
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(Foto de capa: Divulgação)
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