Na manhã desta terça-feira, 5 de novembro, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro desencadearam uma operação de grande repercussão que investiga o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro. A investigação gira em torno do recebimento intencional de um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, realizada no último dia 1º de novembro.
Durante o confronto, realizado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, Bruno Henrique recebeu o cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo perdia por 2 a 1. O cartão foi mostrado após o jogador manifestar descontentamento de forma enfática, culminando em sua expulsão imediata. A natureza suspeita das apostas relacionadas a esse cartão amarelo levantou alertas sobre a integridade da partida.
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De acordo com informações obtidas pela PF, a investigação teve início a partir de um relatório da Internacional Betting Integrity Association (IBIA), que destacou um volume atípico de apostas envolvendo cartões recebidos por Bruno Henrique. Relatos indicam que três empresas de apostas detectaram um aumento significativo nas apostas relacionadas a cartões recebidos pelo jogador durante a partida em questão, sendo que algumas dessas apostas teriam sido feitas por amigos e familiares do atacante.
A operação da PF incluiu a realização de 12 mandados de busca e apreensão em diversos locais, como o centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, e a residência de Bruno Henrique, situada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A investigação também se estende a membros da família do jogador, incluindo seu irmão Wander Nunes Pinto Junior, sua cunhada Ludymilla Araujo Lima e sua prima Poliana Ester Nunes Cardoso, além de outras pessoas ligadas ao futebol amador em Belo Horizonte, cidade natal de Bruno.
Além do próprio jogador, outros indivíduos com histórico no futebol também estão sob investigação, incluindo os ex-jogadores Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, que podem estar envolvidos em um esquema de manipulação de resultados.
Bruno Henrique, de 33 anos, é um dos principais ídolos do Flamengo, tendo se juntado ao clube em 2019. Seu currículo inclui conquistas de destaque, como duas Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros e uma Copa do Brasil. Recentemente, ele esteve ausente na primeira partida da final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, em razão de uma suspensão recebida na semifinal contra o Corinthians.
Até o momento, o Flamengo não se manifestou oficialmente sobre as alegações e a investigação em curso. A situação gera grande expectativa entre torcedores e autoridades, que aguardam desdobramentos sobre a integridade do esporte e a reputação do clube em meio a estas acusações graves. A PF e o Ministério Público seguem investigando o caso, e mais informações devem surgir nas próximas horas.
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Foto: Reprodução / Internet
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