Casas de apostas ligadas a Deolane Bezerra e Gusttavo Lima são proibidas no Brasil

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As casas de apostas Esportes da Sorte e Vai de Bet, envolvidas em um suposto esquema criminoso com a participação de Deolane Bezerra e Gusttavo Lima, foram declaradas ilegais no Brasil. As empresas não estão na lista oficial do Ministério da Fazenda das apostas autorizadas a operar no país.

De acordo com o governo federal, essas casas de apostas, junto com outras empresas, não apresentaram a documentação necessária para operar no Brasil dentro do prazo estipulado. Agora, elas devem manter seus sites ativos até 10 de outubro para que os usuários possam sacar seus fundos. A partir de 11 de outubro, os sites serão desativados sob a supervisão do Ministério da Fazenda e outras autoridades competentes.

A Esportes da Sorte já entrou com um recurso junto ao Ministério da Fazenda, alegando que cumpriu todas as exigências. A empresa é patrocinadora de oito times de futebol brasileiros, incluindo Corinthians, Palmeiras, Bahia, Athletico, Grêmio, Ceará, Náutico e Santa Cruz.

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Detalhes da Operação Integration

A Operação Integration investiga um esquema de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa envolvendo as casas de apostas Esportes da Sorte e Vai de Bet. A operação resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra, e outros envolvidos. Todos foram liberados pela Justiça de Pernambuco.

O cantor Gusttavo Lima também foi indiciado por lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, relacionado à Vai de Bet. Segundo a polícia, Lima é sócio da empresa e possui 25% de participação. Um mandado de prisão foi emitido contra ele, mas posteriormente revogado.

Regulamentação das apostas online no Brasil

O mercado de apostas online regulamentado no Brasil começará a funcionar em janeiro de 2025. No entanto, muitas empresas já operam no país através de sites registrados no exterior. O Ministério da Fazenda divulgou uma lista de 89 empresas autorizadas a operar até dezembro de 2024. Para estar nessa lista, as empresas precisavam solicitar autorização até 17 de setembro.

As empresas que não estão na lista não podem mais oferecer apostas no Brasil. A partir do próximo ano, apenas empresas com sede no país e autorização do governo poderão operar. Os sites autorizados terão o domínio terminado em bet.br, enquanto as demais plataformas serão bloqueadas.

Ao todo, 27 empresas pediram autorização até 17 de setembro e ficaram fora da lista das 89 autorizadas.

Veja abaixo:

Aposta 7 Ltda;
Boa Sorte Premios Ltda;
Zeroumbet Plataforma Digital Ltda;
Bingo Em Casa Ltda;
F12 Do Brasil Jogos Eletronicos Ltda;
Bpx Bets Sports Group Ltda;
Esportes Gaming Brasil Ltda;
Reals Brasil Ltda;
Caixa Loterias S.a;
Gustavo Henrique Vieira Angelotti;
Wudi Pay Correspondente De Instituicao Financeira;
Gsemp Comercio E Servicos;
Stayman Participacoes S.a.;
Vl Intermediacao Em Vendas Online Ltda;
Lbbr Apostas De Quota Fixa Limitada;
Rt 216 Empreendimentos E Participacoes Ltda;
Stake Brazil Ltda;
Sportvip Group International Apostas Ltda;
Sampameo Ltda;
B3t4 International Group Ltda;
Tqj-par Participacoes Societarias S.a.;
Blow Marketplace Ltda;
Rrx Solucoes Tecnologicas Ltda;
Grove Eagle Gestao De Bens Ltda;
Lucky Gaming Ltda;
Hiper Bet Tecnologia;
Eb Intermediacoes E Jogos S/a.

Setor de cartões se antecipa e proíbe uso do cartão de crédito em Bets no Brasil

A diretoria da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento no país, aprovou na terça-feira a proibição imediata do uso do cartão de crédito como meio de pagamento em apostas e jogos online no Brasil.

A decisão em reunião extraordinária, segundo a Abecs, antecipa medida que já estava programada pelo Ministério da Fazenda, porém com vigência somente em janeiro de 2025.

“A decisão da Abecs baseia-se na crescente preocupação do setor de cartões em torno da prevenção ao superendividamento da população e do crescimento das apostas online no país”, afirmou em comunicado.

Foto: Bruno Peres / Agência Brasil

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