Ex-casal é preso por suspeita de integrar rede de pedofilia em Manaus

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Manaus foi palco de mais uma ação no combate à pedofilia, com a prisão de um homem de 51 anos e uma mulher de 24 anos, ex-companheiros, suspeitos de integrar uma rede de exploração sexual infantil. As prisões, realizadas nesta segunda-feira (18), fazem parte da Operação Hagnos, uma ação nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com apoio das polícias civis de vários estados.

A investigação conduzida pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) aponta que o homem, professor de inglês atuante na rede estadual, municipal e em escolas particulares de Manaus, utilizava sua posição para aliciar alunas menores de idade. Segundo as autoridades, a ex-companheira, agora detida, auxiliava no cometimento dos crimes.

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Alvos monitorados desde março

As investigações começaram em março deste ano, após denúncias anônimas e a identificação de conteúdos suspeitos em dispositivos apreendidos em outra fase da operação. O professor era o principal alvo. Ele teria usado sua proximidade com as vítimas no ambiente escolar para criar laços de confiança e, posteriormente, praticar os abusos.

Material apreendido e depoimentos

Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares e dispositivos de armazenamento que continham conteúdos ilícitos. As autoridades agora trabalham na análise do material para identificar outras possíveis vítimas e cúmplices.

Além disso, testemunhas já começaram a prestar depoimentos. Algumas alunas relataram comportamentos inadequados por parte do professor, enquanto colegas de trabalho afirmaram que ele mantinha uma postura “aparentemente irrepreensível”.

Rede nacional de combate

A Operação Hagnos, que leva o nome grego relacionado à pureza, é parte de uma estratégia nacional para desarticular redes de pedofilia. Somente nesta fase, mais de 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes estados, resultando em diversas prisões.

O ex-casal permanecerá à disposição da Justiça enquanto as investigações avançam. Eles podem responder por crimes como estupro de vulnerável, produção e compartilhamento de pornografia infantil, além de associação criminosa. As penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão, dependendo do resultado do julgamento.

A Polícia Civil reforça a importância da denúncia anônima e incentiva a população a relatar casos suspeitos por meio do disque 100 ou diretamente nas delegacias.

Essa prisão marca mais um avanço na luta contra a exploração sexual infantil, mas também acende um alerta para a sociedade sobre a necessidade de proteger os espaços frequentados por crianças e adolescentes.

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Foto: Reprodução

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