Os ingressos para a 1ª edição do “Ayédùn Artes Integradas” já estão disponíveis no link https://bit.ly/ingressos_festivalAyedun. O evento, que marca o nascimento da Casa Cultural Ayédùn, reunirá artistas nacionais e regionais, integrando música, dança e artes visuais. No próximo dia 29 de agosto, na Augusta Haus, os cantores Mahmundi, Uma Póvoas e Kurt Sutil darão tom à festa, com apresentações abrilhantadas pelos dançarinos Benner Siqueira, Rodrigo “Buiu” Martins, Nayla Vitória e Emily Costa. As artistas visuais Ajé e Wɨra Tini completam o espetáculo, que contará com a mistura de músicas, coreografias e identidades visuais dos talentos presentes.
Com o tema “A Flor que nasce do corte”, o festival-performático se propõe a ser um ato de resistência e reconstrução. De acordo com a presidente da Casa Cultural Ayédùn, a sacerdotisa Ayédùn, o evento representa um manifesto vivo de que a arte cura, une e transforma. Por meio de uma linguagem poética e acessível, o Ayédùn Artes Integradas é dividido em três atos, idealizados com o objetivo de reconectar o público com a potência dos ancestrais, suas histórias e diversidades culturais.
“No primeiro ato, o ‘nascer’ será retratado. Nesta fase, ainda buscamos entender o mundo. De onde viemos, para onde e com quem vamos. As confusões que isso traz. Nos dois atos seguintes, o germinar e a firmeza do enraizamento. Nossas atrações estão trabalhando em conjunto para que os atos sejam vistos, ouvidos e experimentados de uma maneira única, a partir de uma pluralidade riquíssima de gênios artísticos”, destacou a presidente.










“Projeto Xerê!”: a semente que floresce do Ayédùn
Em iorubá, a palavra ṣere, traduzida em português para xerê, significa uma ação. Jogar, brincar, fazer, dizer são todas ideias repassadas por esse vocábulo, que norteia os horizontes do Projeto Xerê, a ser desenvolvido nos próximos meses. A partir de encontros multi-artísticos, a iniciativa tem objetivo de protagonizar artistas indígenas, negros, ribeirinhos, migrantes e periféricos, que historicamente enfrentam a exclusão dos grandes circuitos culturais de eventos.
Os encontros, divididos em rodas de conversa, oficinas e ensaios, decidirão alguns dos artistas que irão se apresentar na próxima edição do Ayédùn Artes Integradas. O caminhar artístico em coletivo proporcionado pelo Projeto Xerê representa um dos objetivos basilares da justificativa de existência da Casa Cultural Ayédùn, ressaltou a presidente da instituição.
“Enquanto orientadora espiritual, pude perceber que, a maioria das pessoas perdeu, em algum momento e em algum grau, sua capacidade de expressar sentimentos e pensamentos. Por isso, sempre acreditei na arte enquanto ferramenta de reconexão consigo. A casa cultural surge da necessidade de integrar estes seres e artes. A potência da construção coletiva que proporciona coisas que essas pessoas não viveriam de outra forma”, enfatizou Ayédùn.
Lançada oficialmente no final do último mês de maio, a Casa Cultural Ayédùn já está a todo vapor para além do festival-performático. Outro projeto da instituição também já está em vigor: o “Colorindo Flores”. A iniciativa proporciona uma oficina de desenho e pintura para crianças, adolescentes e adultos, a partir de tinturas extraídas de plantas naturais. O Colorindo Flores nasce a partir do Edital de Chamamento Público n°02/2024, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), conforme a Lei nº 14.399/2022.
Line-up do Ayédùn Artes Integradas
- Mahmundi: Cantora, compositora e produtora musical nascida no Rio de Janeiro. Sua sonoridade mistura música eletrônica, indie, lo-fi e influências dos anos 1980. Foi indicada ao Grammy Latino (2019) com o disco “Para dias ruins”, venceu o WME Awards como produtora musical no mesmo ano e já colaborou com artistas como Liniker, Criolo, Sandra Sá, Ivete Sangalo, Linn da Quebrada e Diogo Nogueira. Mahmundi também já conquistou o Prêmio Multishow com a sua faixa “Sentimento”.
- Kurt Sutil: É um dos nomes mais promissores do rap amazônico. Iniciou sua trajetória em 2017 como cofundador do coletivo Aposse92, desenvolvendo um estilo híbrido que mistura boom bap, trap e rap contemporâneo, com letras que abordam saúde mental, violência policial, relações familiares e identidade. Kurt também é diretor, roteirista e editor de seus próprios videoclipes. Foi indicado ao Genius BR Awards, participou da São Paulo Fashion Week 2024 e de uma residência artística na França, com shows no MaMA Festival (Paris) e SIM São Paulo. Sua carreira é marcada por parcerias com artistas como Tiago Mac, Juyè, Knust, Vitor Xamã e Duda Raupp, além de um compromisso firme com as causas sociais, raciais e periféricas.
- Uma Póvoas: Cantora, compositora e violonista manauara, a artista é discente do curso de Música na UFAM. Atuante na cena artística desde 2019, iniciou sua carreira com o duo Chapéu de Palha, que acumulou mais de 10 milhões de streams com singles, EP e um álbum autoral. Em 2023, lançou sua carreira solo, assumindo uma nova identidade musical e visual como Uma Póvoas. Além de cantora, atua como arranjadora, instrumentista, produtora musical e cultural. Participou de colaborações com artistas como Gabi Farias, Dan Stump, Ivyson, Florais da Terra Quente e Guilherme Castel. Em carreira solo, já estampou o single “Movimento Solar” na capa da playlist editorial “Indie Brasil” da plataforma Spotify. Seu próximo lançamento de estúdio já está em produção.
- Ajé: Formada em Design Gráfico e atualmente designer de produto digital na Lightfarm. Com experiências em ilustração, pintura e design cultural, passou por agências, galerias e pela Secretaria de Cultura, participando de exposições e feiras de arte. Participou do coletivo CRIO 19, que reuniu artistas emergentes da cena manauara. Também participou na exposição Rotas de Fuga para Sonâmbulos, projeto do fotógrafo e diretor analógico Mário Hirotoshi, com intervenções animadas sobre fotografia analógica. Ajé é a designer/ilustradora responsável pela identidade visual de vários projetos sociais, como o Colorindo Flores, o Puxirum da Energia, Puxirum D’água (Instituto Puxirum), Casa Amiga e o Ebook “Minha história de violência” (Instituto Mana).
- Wɨra Tini: Artista visual natural de Manaus, integra em seu trabalho as perspectivas do povo Kokama, do qual é descendente, com a cultura nortista, conectando saberes tradicionais e contemporâneos para provocar diálogos que desafiam o senso comum. Seu trabalho aborda saberes ancestrais, questões ambientais e a vida urbana, promovendo a valorização cultural e a ampliação de conhecimento. Ela é idealizadora do Graffiti Queens, um dos primeiros festivais de arte urbana voltados para mulheres, e da revista homônima que destaca importantes nomes da arte urbana nacional e internacional.
- Benner Siqueira: Atua como bailarino, coreógrafo e educador em Manaus. É acadêmico de licenciatura em Dança na UEA, e integrou a Cia Panorando, onde realizou produções e espetáculos de dança como “Sodade”, “Jamais fomos modernos”, “Gambiarra”, e “As Cores da América Latina”. Este último foi destaque nacional no prêmio Shell em 2024. É intérprete/ criador na “Cia Entre Corpus”, com o espetáculo “Nosso Encontro”, “Hysteria “. Também é bolsista da “Pajê Cia de Dança”.
- Rodrigo Martins (Buiu): Atua como profissional da dança há 9 anos e desenvolve trabalhos nas danças urbanas, como house, vogue, hip-hop e afrodance. É integrante do Grupo de Dança Holograma desde 2018, onde também atua como professor e coreógrafo. É bailarino da DJ e rapper Rafa Militão, e já participou de eventos como H2 District e RioH2K, além de performar com artistas locais como Anna Suav e Banda Oficial Jambu.
- Emilly Costa: Bailarina intérprete de dança com foco em performances freestyle, coreógrafa e instrutora fitdance.
- Nayla Vitória: Aluna do curso de Dança na UEA e dançarina do estilo waacking e hip-hop dance. Participou do Festival Folclórico de Parintins e de outros eventos.
(TEXTO: Luiggi Bacelar. FOTOS DIVULGAÇÃO: Ajé)
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