Manaus foi palco de mais um crime brutal na manhã desta quarta-feira (27), quando o corpo de um homem, ainda não identificado, foi encontrado com sinais de tortura em uma área de mata localizada no quilômetro 4 do Ramal Chico Mendes, no Distrito Industrial II, Zona Leste da capital. O caso chocou a população e chamou a atenção para o aumento dos crimes violentos na cidade.
De acordo com a 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que atendeu à ocorrência, o corpo foi encontrado com as mãos e os pés amarrados. A vítima apresentava sinais evidentes de tortura: dedos amputados e marcas de tentativa de decapitação, indicando o nível de violência a que foi submetida antes de morrer.
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Segundo relatos preliminares, o homem havia sido sequestrado horas antes, e a família recebeu vídeos em que ele era torturado pelos criminosos. Nos registros, os sequestradores exigiam pagamento em dinheiro para libertá-lo, deixando a família em desespero.
A Perícia Criminal esteve no local para coletar evidências e realizar os procedimentos iniciais, enquanto o Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo. O local onde o cadáver foi encontrado é de difícil acesso, o que pode ter sido um fator estratégico para os criminosos.
Os investigadores acreditam que a vítima pode ter sido assassinada após o não pagamento do resgate, mas não descartam outras motivações para o crime.
O caso foi registrado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que conduz as investigações. A polícia ainda busca identificar a vítima e localizar os responsáveis pelo crime. Informações sobre a identidade dos sequestradores ou possíveis disputas envolvendo a vítima ainda não foram divulgadas.
Este não é um caso isolado. Manaus tem enfrentado uma escalada de crimes violentos relacionados a disputas entre facções criminosas, extorsões e sequestros. A exposição da vítima por meio de vídeos, que vêm se tornando uma prática recorrente entre facções, também reflete uma tentativa de intimidar famílias e rivais, além de pressionar o pagamento de resgates.
A SSP-AM reforçou que intensificará o policiamento na área e pediu que a população colabore denunciando atividades suspeitas por meio do disque-denúncia 181.
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Foto: Divulgação


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