Manaus amanhece de novo sob fumaça e qualidade do ar péssima

A capital amazonense amanheceu novamente encoberta por uma densa camada de fumaça nesta quinta-feira, resultado das queimadas que assolam a região. Este é o segundo episódio em apenas dez dias, refletindo um cenário ambiental crítico no estado do Amazonas.

De acordo com dados divulgados pelo governo estadual, a combinação de seca dos rios e queimadas tem gerado um impacto devastador. No mês anterior, o Amazonas já havia registrado recordes de focos de incêndio, e entre 1º e 18 de setembro, foram contabilizadas 5.033 queimadas, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O monitoramento do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) revelou que a qualidade do ar em Manaus é considerada péssima em alguns bairros. No bairro Aparecida, na Zona Sul, a qualidade do ar chegou a alarmantes 207 µg/m³ por volta das 7h30 desta quinta-feira, muito acima do limite considerado seguro, que é entre 0 e 25 µg/m³.

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A situação levou o governador Wilson Lima a declarar estado de emergência em todos os 62 municípios do Amazonas devido à seca severa e às queimadas. Além disso, foi decretada situação de emergência em saúde pública em razão do período de vazante dos rios. Até o momento, a seca já impacta mais de 460 mil pessoas, e a previsão é de que a situação piore ainda mais ao longo do ano

O governo estadual prevê que o Amazonas enfrente uma seca severa este ano, possivelmente pior do que a de 2023, quando o Rio Negro atingiu o nível mais baixo dos últimos 120 anos.

A Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e a Defesa Civil do Amazonas foram contatadas para fornecer mais informações sobre a nova onda de fumaça, mas ainda não se pronunciaram.

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