No coração vibrante do Festival de Parintins, uma figura se destaca com a força e a beleza da cultura indígena: Marciele Albuquerque, a cunhã-poranga do Boi Caprichoso. Com 30 anos, essa jovem indígena do povo Munduruku tem sido uma voz ativa não apenas no festival, mas também como ativista em debates globais sobre questões críticas como a fome, as mudanças climáticas e o futuro da Amazônia.
Nascida em Juruti, no Pará, e morando em Manaus há 13 anos, Marciele é formada em Administração e tem dedicado sua vida a causas importantes. Sua presença nas redes sociais, onde acumula mais de 400 mil seguidores, é um reflexo de seu compromisso com a preservação de sua cultura e a promoção da sustentabilidade ambiental.
Em outubro de 2023, esteve em Roma, na Itália, participando da Conferência da Juventude pelo Clima, promovida pelo Fórum Mundial de Alimento (FAO). No mês anterior, ela marcou presença na Semana do Clima da ONU em Nova York, Estados Unidos, mostrando que sua luta vai além das fronteiras da Amazônia.
No Festival de Parintins, que acontece na Ilha Tupinambarana, Marciele representa o Boi Caprichoso, simbolizado pela cor azul e uma estrela na testa, em uma disputa acirrada com o Boi Garantido, representado pela cor vermelha e um coração. Durante três noites de espetáculo, ela encanta o público com sua performance, que é avaliada como um dos 21 itens do festival.
A cunhã-poranga é um papel crucial no festival, representando a beleza da mulher indígena e a força da tradição. Marciele, com sua graça e dedicação, não apenas honra esse papel, mas também eleva a discussão sobre temas urgentes para o palco mundial, tornando-se uma verdadeira embaixadora da Amazônia.
Com a rivalidade amistosa com Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Boi Garantido e participante do BBB24, Marciele mostra que a competição pode ser um caminho para a união e o reconhecimento da diversidade cultural do Brasil.
A história de Marciele Albuquerque é um lembrete poderoso de que a cultura e a tradição podem andar de mãos dadas com a modernidade e o ativismo, criando um diálogo necessário para um futuro mais justo e sustentável. Ela é, sem dúvida, uma cunhã-poranga que não só dança no ritmo do Boi Caprichoso, mas também move o mundo com suas palavras e ações.
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