A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1, na qual empregados têm direito a apenas um dia de folga semanal após seis dias de trabalho, tem causado grande movimentação nas redes sociais. No Amazonas, apenas o deputado Saullo Vianna (União) apoiou o projeto, enquanto seu colega Amom Mandel (Cidadania) se manifestou contrário, gerando ampla repercussão.
O projeto, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e apoiado pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), visa garantir melhores condições de descanso aos trabalhadores brasileiros. Para ser oficialmente protocolada, a PEC precisa de assinaturas de pelo menos um terço dos deputados, totalizando 171 parlamentares. Diante disso, apoiadores da proposta têm usado redes sociais para pressionar deputados a assinarem a emenda.
A oposição de Amom Mandel gerou críticas entre seus seguidores e apoiadores da PEC. Segundo o deputado, a extinção da escala 6×1 “poderia prejudicar a economia”, embora ele tenha afirmado estar aberto a mudar de opinião caso lhe apresentem argumentos consistentes. “Solicitei um estudo independente e uma revisão bibliográfica sobre o tema. Aqueles que desejam dialogar de forma civilizada são bem-vindos”, publicou Mandel em sua rede social.
Parlamentares do Amazonas ainda não se posicionaram
Além de Vianna e Mandel, outros deputados do Amazonas, como Adail Filho (Republicanos), Átila Lins (PSD), Capitão Alberto Neto (PL), Fausto Jr. (União), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (Republicanos), ainda não se pronunciaram publicamente sobre a proposta. A ausência de posicionamento desses parlamentares aumenta as expectativas dos eleitores, que continuam a pressioná-los virtualmente.
Audiência pública e reação de líderes nacionais
A PEC ganha força enquanto a hashtag “FIM DA ESCALA 6X1” alcança grande engajamento, com mais de 169 mil publicações. Em junho deste ano, Erika Hilton tentou avançar o debate, solicitando uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara. No entanto, o deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) manifestou-se veementemente contra a audiência, chamando a proposta de “excrescência” e defendendo o modelo de trabalho de países como Estados Unidos e Japão, onde o trabalho em excesso é comum.
Declarações contra o fim da escala 6×1
Além de Feliciano, outros parlamentares, como Gilson Marques (Novo-SC) e Nikolas Ferreira (PL-MG), posicionaram-se contra a PEC, argumentando que o fim da escala 6×1 pode impactar setores essenciais, reduzir produtividade e afetar a economia. Ambos sugerem que a medida poderá desencadear desemprego e afetar negócios de pequeno porte, além de prejudicar setores que operam com escalas específicas, como saúde e segurança pública.
A discussão sobre o fim da escala 6×1 e a melhoria das condições de trabalho segue dividindo opiniões. Com os diferentes posicionamentos, a proposta segue ganhando força e se tornando pauta de debates em nível nacional, enquanto a sociedade aguarda uma definição que possa impactar diretamente a vida dos trabalhadores brasileiros.
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(Foto de capa: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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