O Amazonas, com rios, igarapés, canais, lagos e praias, ainda tem uma parcela da população que não sabe nadar. Diante dessa realidade, o projeto gratuito Alfabetização Aquática no Amazonas (AFAM) foi criado para proporcionar conhecimentos e habilidades básicas de natação, adaptados à realidade amazônica, especialmente para crianças e adolescentes.
O AFAM abre inscrições nesta terça-feira (1º), com prazo até o dia 2 de maio. A iniciativa é direcionada a crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, em Manaus. Promovido pela Faculdade de Fisioterapia e Educação Física (Feff) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o projeto tem como objetivo ensinar natação adaptada ao contexto amazônico, marcado pela presença de rios e igarapés.
Para participar, é necessário atender aos seguintes critérios: não apresentar transtornos psicológicos, possuir um atestado de aptidão física emitido por um médico e contar com a autorização dos pais ou responsáveis. As inscrições serão realizadas por meio do e-mail [email protected].
Dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2010 e 2023, o Brasil registrou 71.663 mortes por afogamento, sendo crianças e adolescentes as principais vítimas. Esses acidentes ocorrem, em sua maioria, em praias e cachoeiras. No Amazonas, o Corpo de Bombeiros atende, em média, de 35 a 40 casos de afogamento por ano.
Embora esse cenário seja alarmante, grande parte dos programas de natação ainda se concentra em piscinas convencionais, uma abordagem menos eficaz para aprender natação em diferentes ambientes. “A mudança nos programas de ensino-aprendizagem na natação é urgente no estado do Amazonas, onde os altos índices de afogamento representam um grave problema de saúde pública”, destaca a professora da Feff, Kelly de Jesus, responsável pelo projeto.
Ela enfatiza que “uma proposta de reeducação aquática em diversos ambientes pode melhorar a competência de indivíduos que frequentam o meio líquido, como piscinas, rios, igarapés, cachoeiras e praias fluviais, e a transferência de habilidades entre estes diferentes contextos”. Kelly também aborda outro ponto crucial: “aproximadamente 80% das crianças e jovens entre 5 e 17 anos não contemplam as recomendações da Organização Mundial da Saúde sobre a prática de atividade física regular”.
A professora sugere que, no Amazonas, com sua vasta bacia hidrográfica, atividades aquáticas seguras poderiam “ser uma maneira de prevenção do sedentarismo e doenças decorrentes deste comportamento nesta população”.
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(Texto: Jonathan Ferreira / Foto: Banco de Imagens)
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