Manaus foi reprovada na oferta dos serviços públicos prestados pela prefeitura nas áreas da saúde e educação, além das ações relacionadas à receita. É o que revela o Ranking de Eficiência dos Municípios, divulgado nesta semana pelo jornal Folha de S. Paulo. O resultado coloca Manaus em 4.778º lugar no ranking da “eficiência pública”. Entre as capitais, é a quarta pior do país, à frente apenas de Belém, Maceió e Macapá.
A um mês das eleições municipais, o ranking é um parâmetro para os cidadãos e eleitores que buscam informações reais sobre os serviços prestados pelo poder público em suas cidades. A ferramenta foi criada pela Folha em conjunto com o Datafolha, permitindo a consulta por cidades e suas gestões municipais.
A ferramenta parte de uma escala de 0 (do pior) a 1 (para o melhor). No resultado recém-divulgado, o pior município atingiu nota 0,220 e o melhor, 0,769. Segundo matéria divulgada pela Folha sobre o ranking, a ferramenta quantifica as funções básicas do município, previstas em lei, segundo os recursos disponíveis.
Na saúde, Manaus sequer alcançou a média nacional, de 0,525, atingindo apenas 0,415 de nota. Pelo ranking, a capital do Amazonas possui apenas 2,79 médicos para cada 1 mil habitantes.
Manaus ficou ainda na faixa de pouca eficiência em educação, com nota 0,403. Neste campo, o pior resultado é em relação ao grande número de crianças de 0 a 3 anos sem creches. Apenas 9,56% da demanda da cidade é atendida, o que põe Manaus entre as piores cidades do Brasil no quesito. Confira os dados em detalhes em: https://www1.folha.uol.com.br/remf/
“O resultado deste ranking é retrato do que Manaus vive nos últimos anos, com a ineficiência da gestão municipal. É inadmissível que áreas como Saúde e Educação estejam com a oferta de serviços tão precárias. E mais inadmissível ainda é a prefeitura fazer publicidade com dados que não refletem a realidade destas áreas”, diz o candidato à Prefeitura de Manaus pelo União Brasil, Roberto Cidade.
O Ranking de Eficiência dos Municípios leva em conta o atendimento das prefeituras nas áreas de saúde, educação e saneamento, tendo como determinante no cálculo de eficiência da gestão a receita per capita de cada cidade. Ou seja: quanto mais serviços prestados com menos receita, maior a eficiência.
O levantamento cobre 5.276 municípios, 95% do total do país. Para 292 cidades, não havia informações consistentes, e elas ficaram de fora do ranking. O trabalho mostrou que apenas 163 municípios (3% do total) podem ser considerados “eficientes”. Outros 3.591 (68%) apresentam “alguma eficiência”, enquanto 1.450 (27,5%) têm “pouca eficiência”; e outros 72 (1,3%) são “ineficientes”.
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