Três homens, de 27, 28 e 42 anos, foram presos na manhã desta terça-feira (15), em Urucurituba, município localizado a 208 quilômetros de Manaus. Eles são acusados de participação no homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Luã Marcelo Silva Trovão. A prisão preventiva foi cumprida em uma operação conjunta entre a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e a Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade.
O crime, que chocou a pequena comunidade local, ocorreu em junho deste ano. Luã Marcelo, cuja idade não foi revelada pelas autoridades, estava desaparecido desde o dia 27 de junho, sendo encontrado dois dias depois, em 29 de junho, em um lago na zona rural de Urucurituba. O corpo apresentava múltiplas perfurações e evidentes sinais de tortura, indicando que o jovem teria sido brutalmente executado antes de ser jogado na água.
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Sentença do ‘tribunal do crime’
As investigações conduzidas pela equipe da 41ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Urucurituba revelaram que a motivação do crime está ligada a uma sentença do chamado ‘tribunal do crime’. De acordo com a apuração, Luã Marcelo era suspeito de vender drogas em uma área controlada por uma facção criminosa rival, o que teria selado seu destino nas mãos do grupo que dominava o território.
“O que apuramos até o momento é que o crime foi premeditado e executado como uma punição imposta por uma organização criminosa. Trata-se de uma estratégia de controle violento das áreas de tráfico, onde a ordem é eliminada qualquer pessoa que infrinja as ‘regras’ do grupo”, afirmou o delegado responsável pelo caso.
A prática do ‘tribunal do crime’ tem sido associada a facções criminosas que aplicam suas próprias leis em áreas sob seu domínio, punindo aqueles que desobedecem às suas determinações, muitas vezes de forma cruel e letal. Esse tipo de execução, além de eliminar desafetos ou concorrentes, serve como um aviso para a comunidade e outros criminosos, reforçando o poder do grupo.
Investigação e provas periciais
Durante as investigações, os policiais recolheram diversos indícios que ligavam os suspeitos ao crime. Na casa de um dos acusados, foram encontrados objetos com vestígios de material genético da vítima, além de itens que possivelmente foram utilizados durante o ato de tortura. Exames periciais foram solicitados para confirmar a ligação entre os suspeitos e o crime. Após os resultados desses testes, as autoridades pediram à Justiça a expedição dos mandados de prisão.
Os três homens presos foram encaminhados à delegacia de Urucurituba, onde serão ouvidos em audiência de custódia. Segundo a polícia, eles responderão por homicídio qualificado, crime que envolve agravantes como crueldade e premeditação, além de ocultação de cadáver, que pode aumentar a pena dos envolvidos. Caso condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão.
Após as prisões, os suspeitos aguardam a decisão judicial que definirá se permanecerão em prisão preventiva ou se responderão em liberdade. Enquanto isso, as investigações continuam para identificar se há mais envolvidos no crime, além de apurar a possível ligação dos acusados com facções criminosas que operam na região.
Foto: Divulgação / PC-AM
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