Conflito em Kursk: Putin promete retaliação após ofensiva ucraniana

Putin na reunião Hoje (12)

Em um movimento que intensifica ainda mais o conflito entre Rússia e Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin declarou que haverá uma resposta firme após a recente incursão ucraniana na região de Kursk, localizada na fronteira entre os dois países.

Nesta segunda-feira (12/8), o presidente russo, Vladimir Putin, convocou uma reunião de autoridades sobre a situação nas regiões de fronteira. Ele disse que “a principal tarefa do Ministério da Defesa é pressionar e expulsar o inimigo do nosso território”. Ainda na reunião, que foi transmitida pela televisão estatal russa, Putin afirmou que a motivação da Ucrânia para a ofensiva era melhorar sua posição de negociação.

A operação ucraniana, realizada na última semana, levou à mobilização de tropas russas adicionais para a área, incluindo veículos pesados. O comandante das forças ucranianas, Oleksandr Syrskyii, afirmou que Kiev agora controla aproximadamente 1.000 km² de Kursk, com cerca de 121.000 pessoas sendo evacuadas da região afetada.

O presidente Zelensky anunciou que instruiu o ministro de Assuntos Internos e outros funcionários do governo, juntamente com o Serviço de Segurança da Ucrânia, a preparar um plano humanitário para a área de operação. Zelensky também destacou que a ofensiva é uma tentativa de transferir a guerra para o território do agressor, em resposta aos ataques russos a partir de Kursk nas últimas semanas.

Este ataque é a maior investida da Ucrânia em território russo desde o início da guerra em fevereiro de 2022. 

O governador de Kursk, Alexei Smirnov, revelou que a Ucrânia controla 28 povoações na região e milhares de pessoas estão sendo instruídas e obrigadas a deixarem o território, devido a aproximação dos ucranianos. A Rússia, por sua vez, promete uma resposta dura e responsabilização dos “organizadores e perpetradores” dos ataques, incluindo seus curadores estrangeiros.

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