Rio Negro enfrenta vazante histórica: nível das águas cai 5,32mt em agosto

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O Rio Negro, o segundo maior afluente do Rio Amazonas, registrou uma queda alarmante de 5,32 metros em seu nível de água durante o mês de agosto de 2024. Este volume representa um aumento de 73% em relação ao mesmo período de 2023, quando o rio secou 3,06 metros. A situação preocupa autoridades e moradores da região, que já enfrentam os efeitos de uma estiagem severa.

De acordo com a Defesa Civil, na manhã de 1º de setembro, o nível do Rio Negro em Manaus estava em 19,77 metros, 3,83 metros a menos do que no mesmo dia do ano anterior, quando o nível era de 23,60 metros. A tendência de queda contínua sugere que o rio pode se aproximar do recorde de estiagem de 2023, quando os níveis chegaram a 12,70 metros em outubro.

O Rio Negro, que nasce na Colômbia com o nome de Guainía e percorre cerca de 1.700 quilômetros até se unir ao Rio Solimões para formar o Rio Amazonas, é vital para a vida e a economia das comunidades ribeirinhas. No Brasil, ele passa por municípios como São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, Manaus e Novo Airão.

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Em São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia, o nível do rio está a apenas 4,83 metros de alcançar a cota histórica de fevereiro de 1992, quando as águas chegaram a 3,30 metros. Na manhã de 1º de setembro, o volume medido era de 8,13 metros.

A seca dos rios já afeta mais de 300 mil pessoas no Amazonas. O governador Wilson Lima declarou estado de emergência em todos os 62 municípios do estado, permitindo que as gestões municipal e estadual busquem recursos extras para enfrentar a crise. Entre as medidas adotadas estão a distribuição de 100 caixas d’água, 25 purificadores de água, seis estações de tratamento de água móvel e 737,1 toneladas de alimentos.

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