Cerca de 12 estabelecimentos foram atingidos por um incêndio de grandes proporções que teve início na manhã da última terça-feira (3), na Avenida Brigadeiro Hilário Gurjão, conhecida como “Rua do Fuxico”, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus. As chamas, que começaram por volta das 10h em um galpão de uma distribuidora, se alastraram rapidamente, comprometendo severamente as estruturas atingidas. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), ao menos uma dessas edificações foi completamente destruída e deverá ser demolida.
O combate às chamas mobilizou uma operação que já dura mais de 20 horas, envolvendo 118 bombeiros militares, dos quais 53 eram alunos em treinamento. Apesar dos esforços, os últimos focos de incêndio só foram controlados durante a madrugada desta quarta-feira (4). Desde então, as equipes permanecem no local realizando o trabalho de rescaldo e monitoramento para evitar o surgimento de novas chamas, uma vez que o terreno ainda apresenta áreas subterrâneas muito quentes.
De acordo com o tenente Tomás, do Batalhão de Incêndio Florestal e Meio Ambiente do CBMAM, a situação exige cautela e paciência. “Estamos mantendo o rescaldo em andamento. Quando um foco aparece, nós o extinguimos e aguardamos para verificar se ele reaparece. Essa queima é subterrânea, e o local está muito quente. É um trabalho minucioso, e permaneceremos aqui até que a área seja considerada completamente segura”, explicou o militar.
Solidariedade e planos de reconstrução
O incêndio causou prejuízos significativos para os comerciantes locais. O galpão da distribuidora onde as chamas começaram foi um dos mais prejudicados. Cosme Sales, proprietário do estabelecimento, contou que precisou agir rapidamente com a ajuda de vizinhos e clientes para tentar salvar parte das mercadorias que estavam armazenadas.
“É triste ver anos de trabalho indo embora tão rápido. Mas é preciso focar no que é possível recuperar. A gente vai reunir o que restou e começar de novo. Não tem outra alternativa, é tocar a bola para frente”, desabafou o comerciante.
A tragédia também inspirou gestos de solidariedade. A vendedora Lívia Reis foi uma das pessoas que ajudaram a resgatar fardos de alimentos entre os escombros. Para ela, o momento era de união, acima de qualquer outra coisa. “Todos nós somos uma família. Mesmo que sejam empresas diferentes, todos prestam serviço aqui na área. Então, a gente precisa se apoiar nesses momentos difíceis”, afirmou.

Investigações em andamento
As causas do incêndio ainda não foram esclarecidas, mas as autoridades já sinalizaram que abrirão uma investigação para apurar os fatos. O foco principal será entender o que iniciou as chamas e como elas se propagaram com tanta velocidade.
Enquanto isso, os trabalhos de rescaldo prosseguem. Segundo os bombeiros, a previsão é de que a área ainda demande monitoramento constante por mais algumas horas ou até dias, dependendo do comportamento do terreno e das condições climáticas.
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(Foto de capa: Lucas Macedo/g1 Amazonas)
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