Ademar Farias Cardoso Neto, 29 anos, e Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53 anos, irmão e mãe da empresária Djidja Cardoso, foram condenados a 10 anos, 11 meses e 8 dias de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida pelo juiz Celso de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, na última sexta-feira (13). A decisão também condenou outros envolvidos no processo conhecido como “Caso Djidja”, ligado a crimes de tráfico de drogas e associação criminosa.
Entre os condenados estão Verônica Seixas, ex-gerente do salão Belle Femme; Hatus Silveira, personal trainer; José Máximo de Oliveira, proprietário da clínica veterinária MaxVet; Sávio Soares Pereira, funcionário da clínica; e Bruno Roberto Lima, ex-namorado de Djidja. Todos receberam penas similares, enquanto a maquiadora Claudiele Santos, o maquiador Marlisson Dantas e o motoboy Emicley Araújo foram absolvidos.
Caso Djidja e o uso de cetamina
O processo ganhou repercussão nacional e tem como figura central a empresária Djidja Cardoso, que faleceu em 28 de maio de 2024. Ela e sua família foram apontadas como líderes de uma seita intitulada “Pai, Mãe e Vida”, que promovia o consumo e o tráfico de cetamina, um anestésico de uso veterinário.
Djidja morreu em casa, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi depressão respiratória e cardíaca. Sua morte foi o estopim para a operação “Mandrágora”, deflagrada em 30 de maio, que resultou na prisão de Cleusimar, Ademar e outros integrantes da seita.
Durante as buscas, seringas, agulhas e frascos de cetamina foram apreendidos. A investigação revelou que a substância era utilizada de forma indiscriminada, colocando em risco a vida de pessoas envolvidas na organização.
A operação Mandrágora
A operação teve duas fases. Na primeira, deflagrada em 30 de maio, Cleusimar, Ademar e Verônica Seixas foram presos. Dias depois, Marlisson Dantas e Claudiele Santos se apresentaram voluntariamente à polícia.
Na segunda fase, em 7 de junho, a polícia prendeu Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja, e Hatus Silveira. Além deles, José Máximo, proprietário da clínica MaxVet, e seu funcionário, Sávio Pereira, foram detidos por fornecerem a cetamina à organização.
Investigações e crimes apontados
O inquérito policial indiciou dez pessoas, imputando cerca de 14 crimes distintos, como:
- Tráfico de drogas e associação para o tráfico;
- Falsificação e adulteração de medicamentos;
- Aborto induzido sem consentimento;
- Charlatanismo e curandeirismo;
- Sequestro, cárcere privado e tortura;
- Estupro e constrangimento ilegal.
Ademar foi acusado ainda de estupro contra uma ex-namorada.
Decisões judiciais
Embora todos os condenados tenham recebido penas superiores a 10 anos, Verônica Seixas e Bruno Roberto poderão recorrer da sentença em liberdade. O juiz absolveu os maquiadores Marlisson e Claudiele, bem como o motoboy Emicley, por insuficiência de provas.
A sentença marca um desfecho parcial do “Caso Djidja”, mas investigações sobre outros possíveis crimes cometidos pela organização continuam em andamento.
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