A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou nesta terça-feira, 28 de janeiro, a ampliação do controle nas fronteiras do país, com foco principal na província de Misiones, localizada na região norte da Argentina, ao longo da fronteira com o Brasil. A medida é parte de uma política de segurança mais ampla implementada pelo governo do presidente Javier Milei para combater o contrabando, o tráfico de drogas e outras atividades ilegais que afligem o país.
A decisão de reforçar a vigilância nas fronteiras já havia sido sinalizada nas últimas semanas, com o governo argentino investindo na construção de uma cerca de 200 metros na fronteira com a Bolívia, com o intuito de dificultar a ação de criminosos. Agora, com a ampliação para a fronteira com o Brasil, a medida visa não apenas reforçar o controle sobre a entrada de produtos ilegais, mas também combater o aumento da violência na região.
Em entrevista à Rádio Mitre, Bullrich ressaltou os desafios específicos da fronteira entre a Argentina e o Brasil, apontando que muitos pontos dessa área são de fácil acesso a pé, o que facilita a entrada de pessoas e mercadorias sem qualquer tipo de fiscalização. “Além da Bolívia, planejamos expandir para outros pontos de fronteira. Agora, vamos para a fronteira em Misiones com o Brasil, que é uma fronteira onde se entra no país a pé em muitos lugares, e onde tivemos assassinos e problemas”, afirmou a ministra, destacando a necessidade urgente de maior controle na região.
Aprovada pelo governo federal, a medida também recebeu apoio das autoridades provinciais. No dia anterior, 27 de janeiro, o governador de Salta, Gustavo Sáenz, anunciou a construção de uma cerca de 200 metros na cidade de Aguas Blancas, na província de Salta, em parceria com o governo de Milei. A cerca, que será erguida na rodoviária e se estenderá até o escritório de Migrações, terá 3,5 metros de altura, arame farpado, concertina e um rodapé de concreto para garantir maior resistência. A estrutura contará ainda com três portões exclusivos para o acesso das forças de segurança.
O Plano Güemes, como é conhecido o projeto, tem como objetivo fortalecer a segurança nas regiões limítrofes e combater atividades criminosas, como contrabando de mercadorias e drogas. A cerca deverá ser concluída em 60 dias, com a previsão de que as obras sejam finalizadas até o mês de março de 2025.
Bullrich, em um post no X (ex-Twitter), defendeu a iniciativa, destacando que a construção da cerca é uma resposta necessária para enfrentar o narcotráfico e proteger os cidadãos argentinos. “Estamos promovendo esta cerca em Aguas Blancas para proteger os argentinos do narcotráfico e reforçar o controle na fronteira, que estava totalmente descontrolada”, afirmou a ministra. Ela ainda acrescentou que as ações estão sendo coordenadas com as forças de segurança locais para garantir que as novas medidas de controle sejam eficazes no combate às organizações criminosas que atuam na região.
As autoridades argentinas têm reiterado que as medidas de segurança visam combater uma série de atividades ilegais que afetam diretamente a segurança e a economia do país. A fronteira com o Brasil, em particular, tem sido um ponto de preocupação devido ao fluxo constante de mercadorias e pessoas que atravessam de forma clandestina, o que contribui para o aumento do tráfico de drogas e armas.
Com essas novas medidas, o governo argentino busca um maior controle sobre suas fronteiras e pretende enviar uma mensagem clara sobre a seriedade de sua postura em relação ao combate ao crime organizado e à proteção de sua população.
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Foto: Reuters
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