Depois de mais um acidente envolvendo uma balsa no rio Madeira, em Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), cobrou da Capitania dos Portos maior rigor na fiscalização das embarcações de grande porte durante a navegação nos rios do Estado.
Esta semana, na tribuna da Aleam, Cidade propôs ainda a realização de uma audiência pública para discutir amplamente o tema e evitar novas tragédias fluviais.
Na madrugada da segunda-feira (19/5), uma balsa colidiu com várias embarcações utilizadas no garimpo, que estavam ancoradas na comunidade Nova Catarina, em Manicoré. Felizmente, não houve feridos.
O parlamentar lembrou que este já é o quarto acidente ocorrido recentemente no rio Madeira, nos municípios de Borba, Manicoré e Humaitá.
“O que nós vamos esperar acontecer para que a gente possa cobrar, ver de que forma vamos poder minimizar esse sofrimento? Todos os anos o rio Madeira fica mais forte. A correnteza do rio Madeira só aumenta. As empresas de grande porte vão lá, fazem o seu trabalho, pegam e levam suas mercadorias, mas não se organizam. Não há nenhuma fiscalização em torno disso. Precisamos cobrar da Capitania dos Portos para que eles exijam dessas empresas mais fiscalização, mais investimentos em tecnologia, para que possamos ter mais qualidade nos serviços”, declarou Cidade.
O deputado reforçou a importância de debater o assunto na Assembleia Legislativa, destacando a necessidade de evitar tragédias semelhantes à ocorrida em janeiro deste ano, em Manicoré, quando uma colisão entre balsa e residências resultou na morte de uma mãe e no desaparecimento dos três filhos.
“A gente tem de cobrar isso, fazer com que esta Casa também traga o diálogo para cá. Vamos fazer uma reunião na presidência, no plenário ou uma audiência pública, de modo que a gente possa minimizar esse sofrimento, porque no ano que vem pode acontecer outra tragédia, assim como ocorreu este ano”, sugeriu o deputado.
Roberto Cidade também destacou que a busca excessiva por lucro pelas empresas tem levado a situações perigosas.
“As empresas querem lucro. Elas colocam quatro, cinco balsas extremamente carregadas para um empurrador, muitas vezes dois. Mas ali há necessidade de mais estrutura de locomoção e de manejo, para não haver dificuldade. Já tivemos cinco acidentes e vidas que foram ceifadas, pessoas que perderam seus familiares”, completou.
Histórico recente de acidentes no rio Madeira e no Encontro das Águas:
• Janeiro: mãe morta e três crianças desaparecidas na comunidade Urimatuba, em Manicoré;
• Fevereiro: comandante fugiu após colidir e danificar o porto de Borba;
• Março: colisão de balsa com o porto de Humaitá resultou na interdição da estrutura e isolamento de comunidades;
• Maio: duas balsas colidiram no Encontro das Águas, entre Manaus e Careiro da Várzea, sem vítimas;
• Maio: colisão de balsa com embarcações de garimpo em Manicoré, sem feridos.
(Foto – Rodrigo Brelaz)
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