Com temperaturas que chegam a 39ºC, estudar nas escolas públicas de Manaus tem se tornado um verdadeiro desafio. A falta de ar-condicionado ou a ineficiência dos aparelhos existentes está causando sérios problemas de saúde e afetando o desempenho acadêmico de alunos e professores.
Relatos de Pais e Alunos
Na Escola Estadual Professora Hilda de Azevedo Tribuzi, localizada na zona norte da capital, a situação é crítica. Uma mãe, que preferiu não ser identificada, relatou o drama do filho de 12 anos. “Meu filho tem chegado em casa com muito mal-estar. Ele fala que não quer ir para a escola porque está muito quente. Ele fica com muita dor de cabeça e os colegas ficam cansados e irritados”, disse.
Além do desconforto térmico, a qualidade do ar também está comprometida devido à fumaça das queimadas que ocorrem em todo o estado do Amazonas. “Os alunos espirram uns sobre os outros. As UBS [Unidades Básicas de Saúde] estão cheias de crianças doentes, e as escolas também”, acrescentou a mãe.
Mobilização e Alternativas
Para tentar amenizar a situação, professores e pais estão se mobilizando para arrecadar recursos e garantir a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. No entanto, em muitas escolas, como a Escola Estadual Senador Manuel Severiano Nunes, os aparelhos apenas ventilam, o que é insuficiente para refrigerar as salas de aula.
Algumas escolas estão adotando alternativas improvisadas, como intercalar turmas no auditório ou na biblioteca, onde há refrigeração. No entanto, essas medidas são paliativas e não resolvem o problema a longo prazo.
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Riscos à Saúde
O pneumologista David Luniere alerta para os riscos à saúde que alunos e professores enfrentam em salas de aula sem climatização. “O aumento de temperaturas pode levar a eventos de desidratação e déficit de atenção. A falta de ventilação pode agravar problemas respiratórios em alunos com histórico familiar de doenças”, explicou.
Luniere também destacou que a ausência de climatização afeta as funções neurocognitivas, causando déficit de memória, aumento da irritabilidade e dificuldade de concentração. “Um ambiente de sala de aula sem climatização adequada pode gerar um ar mais pesado para respirar, prejudicando ainda mais a saúde dos alunos e professores”, concluiu.
Resposta das Autoridades
Em nota, a Secretaria de Educação (Seduc) informou que os serviços de recuperação dos aparelhos de ar-condicionado estão programados e deverão ocorrer de acordo com o cronograma de atendimento das empresas especializadas. “Estamos reforçando as ações de manutenção nas escolas da rede estadual para amenizar a situação”, comunicou a Seduc.
Enquanto isso, pais, alunos e professores continuam a enfrentar diariamente as dificuldades impostas pelo calor extremo e a falta de infraestrutura adequada nas escolas públicas de Manaus.
*Com informações de Amazonas Atual.
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