A humanidade desperdiçou o equivalente a 1 bilhão de refeições por dia em 2022, revelou estudo divulgado nesta quarta-feira, 27, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Um número que, segundo o próprio órgão, pode ser muito maior. Do outro lado desta história, 800 milhões de pessoas sofrem de fome.
Esses são alguns dados com os quaisLeonardo Mencarini e Lucas Rolimcomeçaram a conviver nos últimos anos. Os sócios se conheceram em 2022 durante um curso na universidade de Stanford e uniram as experiências em consumo e tecnologia.
Da parceria entre o advogado brasiliense Mencarini, que tinha acabado de vender a sua marca de vinhos, a Veroni, com o carioca Rolim, mestre em engenharia da computação e ex-Hurb, surgiu a Mercado Único , em operação desde o segundo semestre do ano.
Como funciona o negócio
A startup usa dados e inteligência artificial para evitar que produtos entre alimentos e bebidas perto da validade tenham como destino o descarte.
Conectada a grandes fabricantes de alimentos, a Mercado Único faz o monitoramento dos estoques de produtos, estrutura estratégias de precificação e costura a ponte com pequenos e médios mercados, redes de hoteis e restaurantes.
“Hoje, quando há excedente de estoque, além de não gerar uma receita, há um custo para as indústrias. Nós ajudamos a gerenciar esse estoque excedente que gira em torno de 3 até 8% de tudo que é produzido”, afirma Mencarini, CEO da operação.
Aos pequenos e médios compradores, os produtos podem ficar entre 20% e 60% mais baratos, a depender de fatores como demanda, prazo de validade e volume.
“Isso permite que o consumidor final, que não é o nosso cliente direto, tenha acesso também a produtos mais em conta e possa experimentar itens que não estariam dentro do orçamento”, diz.
Pelo lado da indústria, o modelo ainda ajuda a colaborar com índices de sustentabilidade. Segundo o relatório da ONU, citado acima, o desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 do que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.
A Mercado Único se junta a outras startups que buscam conter o desperdício de alimentos. Casos como o da Diferente, que vende frutas e verduras fora do padrão considerado perfeito para a comercialização, e da Super Opa, com um modelo de ofertas de produtos perto da validade e foco no consumidor final, a partir de uma estrutura B2b2C.
Com poucos meses de rodagem, a startup, em operação por regiões mais concentradas no centro-oeste e sudeste, está anunciando o seu primeiro aporte, uma rodada pré-seed de R$ 2 milhões.
O dinheiro veio da aceleradora americana TechStars e da brasileira Strive, fundada por Tiago Gali, do C6 Bank, e por Eduardo Casarini, da Flores Online, além de um conjunto de investidores-anjo.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Governo Brasileiro avalia retorno do horário de verão em meio à crise de seca de 2024
set
Rio Negro em Manaus pode bater novo recorde histórico de seca em Setembro
set
Kamala Harris e Donald Trump se cumprimentam em cerimônia pelos 23 anos do atentado de 11 de setembro
set
Zona Norte vai receber quatro das 12 UPAs que Roberto Cidade vai implantar em Manaus
set
Falta de vagas em creches municipais de Manaus é destaque na Globonews
set
Manaus terá plano para enfrentar eventos climáticos extremos, afirma Roberto Cidade
set