Focos de queimada caem 93% na região metropolitana de Manaus, aponta governo

O governador Wilson Lima disse nesta terça-feira (17) que o estado conseguiu reduzir em 93% o número de queimadas em municípios da Região Metropolitana de Manaus. Segundo ele, a queda dos focos de calor ocorreu após “reforço no efetivo para combater incêndios na região”

O Amazonas vive uma grave crise climática e está em situação de emergência ambiental por conta das queimadas. O número de incêndios em outubro é recorde para o período e, com o número de focos de calor em municípios próximos a Manaus, uma onda de “fumaça” invadiu a cidade.

Segundo o governo, entre os dias 8 e 10 de outubro, foram registrados só nessa área 415 focos de calor, ocorrências que caíram para 28 entre os dias 11 e 15 deste mês.

“A gente tem um conjunto de situações, primeiro essa ação que se intensificou e também as chuvas que caíram nos últimos dias ajudaram a diminuir sensivelmente a questão desses focos de calor aqui na região metropolitana”, avaliou Wilson Lima.

Na ocasião, Wilson Lima também anunciou que se encontrará, nesta quarta-feira (18), com o vice-presidente Geraldo Alckmin:

“Conversei com o vice-presidente e nós vamos ter uma reunião em Brasília, juntamente com outros ministros que estão tratando dessa questão da estiagem aqui no estado do Amazonas, para apresentarmos um status de como é que o estado está hoje, das ações que já foram feitas, e aí o vice-presidente deve fazer alguns outros anúncios”, informou.

O governador disse ainda que conversou, por telefone, com o ministro Sílvio Costa, de Portos e Aeroportos, que garantiu que, nos próximos dias, começam os trabalhos de dragagem no trecho do rio Amazonas, conhecido como Tabocal, próximo a Itacoatiara (a 176 quilômetros da capital), por onde passam navios com insumos para a Zona Franca de Manaus.

Boletim

Conforme boletim diário – uma das medidas do comitê – divulgado na manhã desta terça-feira, 59 municípios já estavam em situação de emergência e três em alerta, afetando 138 mil famílias, aproximadamente 557 mil pessoas. Além disso, cerca de 6 mil alunos estão afetados pela estiagem.

Com relação à ajuda humanitária, 40 mil cestas básicas estão entregues, em trânsito ou prontas para entrega pelo Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, em parceria com Exército e Marinha. O Estado também segue com entregas de alimentos do Merenda em Casa, com mais de 2,2 mil kits já entregues.

O Rio Negro continua em descida, após registrar a maior vazante da história. Nesta terça-feira, chegou à cota de 13,49m. Em Tabatinga, o Rio Solimões registrou 11 cm de subida, de segunda para terça, reflexo das subidas dos rios peruanos Maranon e Ucaialy.

Ainda nesta segunda, a Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, voltou a operar devido ao aumento no volume de água vindo dos rios das cabeceiras, provocado pelas últimas chuvas. A Usina estava sem operar desde 1º de outubro.

Por G1 Amazonas

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