As gravuras rupestres conhecidas como “caretinhas” voltaram a emergir no sítio arqueológico Ponta das Lajes, em Manaus, em decorrência da severa seca que afeta os rios da região. Este fenômeno, observado pela terceira vez, revela vestígios de civilizações antigas que datam de mil a dois mil anos.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou, em coletiva realizada no dia 23 de setembro, um Plano de Ações Integradas para proteger esses sítios arqueológicos durante os períodos de seca e mudanças climáticas. “Nosso objetivo é nos antecipar para orientar a proteção dos sítios arqueológicos do Estado durante o período de seca dos rios e de mudanças climáticas, com medidas de segurança, socialização e boas práticas para a conservação desse Patrimônio”, afirmou Beatriz Calheiro, superintendente do Iphan no Amazonas.
O plano de ação é dividido em quatro eixos principais: mobilização, conservação e vigilância, produção e divulgação do conhecimento, e socialização. Essas medidas visam envolver a comunidade local e os povos indígenas na preservação dos sítios arqueológicos, garantindo que esses importantes vestígios históricos sejam protegidos para as futuras gerações.
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As gravuras rupestres, conhecidas popularmente como “caretinhas”, são únicas na região do Amazonas e foram encontradas não apenas no sítio Ponta das Lajes, mas também em Itacoatiara e Itapiranga. “Temos registros delas no sítio Ponta das Lajes, mas também já encontramos em Itacoatiara e em Itapiranga”, explicou Marco Túlio Amaral, arqueólogo do Iphan.
O lançamento do plano aconteceu na sede do Instituto Soka Amazônia, organização que atua na conservação da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda, vizinha ao sítio Ponta das Lajes. Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka Amazônia, destacou a importância da união da sociedade para a proteção dos bens mais valiosos da Amazônia: “E o Instituto Soka estará sempre disposto a colaborar com essa proteção”.
A superintendente do Iphan reforçou que todos os bens arqueológicos pertencem à União e que a legislação veda qualquer tipo de aproveitamento econômico de artefatos arqueológicos. “Nosso apelo é que as pessoas não deixem lixo no local, pois se trata da nossa identidade, nossa história e de um espaço sagrado para os povos indígenas e que precisa ser respeitado”, concluiu Beatriz Calheiro.
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