A Polícia Civil do Amazonas indiciou Dib Almeida, irmão de Sophia Livas de Morais Almeida, de 32 anos, presa por exercício ilegal da medicina em Manaus. Dib é acusado de participação em um esquema de venda de atestados médicos falsificados na capital. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (22) pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor).
O indiciamento ocorreu após Dib se apresentar voluntariamente na delegacia. Sem a presença de advogada, ele prestou depoimento por cerca de 40 minutos e deixou o local sem falar com a imprensa. Ele vai responder em liberdade pelos crimes de falsidade ideológica, furto qualificado, associação criminosa e outros delitos relacionados.
Além de Dib, uma funcionária de uma clínica particular também foi indiciada por suspeita de integrar o mesmo esquema. A investigação apura a emissão de atestados médicos falsificados para trabalhadores e pacientes que buscavam se ausentar de suas atividades laborais.
O caso veio à tona após a prisão de Sophia Livas, que se apresentava falsamente como médica especializada no atendimento a crianças e gestantes, incluindo pacientes com condições graves como cardiopatias e autismo. Ela foi detida na última segunda-feira (20) enquanto estava em uma academia de alto padrão na Zona Centro-Sul de Manaus.

De acordo com a Polícia Civil, Sophia utilizava jalecos de hospitais públicos, carimbos de médicas reais e receituários para prescrever até medicamentos controlados. A falsa médica chegou a ocupar espaço como professora convidada em instituições de ensino e integrava comissões de eventos científicos na área da saúde.
As investigações apontaram que ela obteve um carimbo médico verdadeiro no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), o que facilitou sua infiltração em grupos profissionais de saúde. O hospital, em nota, afirmou que Sophia nunca atuou como médica na unidade e que seu único vínculo foi como aluna de mestrado em Ciências da Saúde, já encerrado.
Na residência de Sophia, foram encontrados jalecos, remédios, receituários, documentos falsificados e itens pertencentes ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Justiça decretou sua prisão preventiva, e ela responde por crimes como falsa identidade, falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina, estelionato contra vulneráveis, falsificação de atestados, curandeirismo e charlatanismo.
A Polícia Civil reforça que o caso tem relação direta com as denúncias que surgiram após a prisão de Gabriel Ketzel da Silva, em abril, também acusado de atuar ilegalmente como médico na capital amazonense.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) orienta que a população consulte a regularidade de profissionais no site do Conselho Federal de Medicina e, caso identifique possíveis irregularidades, denuncie às autoridades competentes.
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