Ao menos 22 cavalos morreram no Amazonas desde o início do ano após apresentarem sintomas semelhantes. As autoridades suspeitam que as mortes tenham sido causadas por intoxicação alimentar decorrente de feno contaminado. O caso ganhou atenção após o óbito de dez animais em Manaus entre os dias 4 e 6 de janeiro, conforme informações divulgadas pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) nesta quinta-feira (9).
Os casos estão sob investigação da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), que trabalha em conjunto com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e peritos criminais.
Distribuição dos casos
As mortes foram registradas em diferentes locais: 12 cavalos no Haras da Nilton Lins, oito em uma chácara no bairro Tarumã, ambos na capital, e dois no município de Presidente Figueiredo. Além disso, outros cavalos apresentaram sintomas, mas o número total de animais doentes ainda não foi divulgado.
Os proprietários dos animais denunciaram o caso às autoridades, o que levou ao início das investigações.
Possível origem do problema
De acordo com o delegado adjunto Guilherme Torres, há indícios de que uma empresa única forneceu o feno possivelmente contaminado, embora o nome da fornecedora não tenha sido revelado.
“Estamos considerando diversas possibilidades. É necessário analisar não apenas o feno, mas também o armazenamento, transporte e condições de produção desse alimento. Equipes já inspecionaram pontos de fornecimento para apurar todos os fatores envolvidos”, explicou Torres.
Análises e próximos passos
A Adaf está coletando amostras do feno e dos locais de armazenamento para realizar análises laboratoriais. Especialistas buscam identificar possíveis substâncias tóxicas, como fungos ou contaminantes químicos, que possam ter causado as mortes.
Além disso, a Dema intensificou as investigações para rastrear a cadeia de produção e distribuição do alimento, com o objetivo de evitar novos casos e responsabilizar possíveis culpados.
Impacto e medidas preventivas
As mortes geraram grande preocupação entre criadores e veterinários na região, que agora adotam medidas rigorosas de inspeção na alimentação dos animais. “Estamos orientando os criadores a suspenderem o uso do feno suspeito e a procurarem alternativas seguras”, destacou um técnico da Adaf.
As autoridades também emitiram um alerta aos proprietários de haras e criadores sobre a importância de reportar qualquer sintoma de intoxicação em seus animais, como apatia, dificuldades respiratórias ou convulsões.
A Polícia Civil reforçou que as apurações estão em estágio inicial e que mais informações serão divulgadas conforme os laudos laboratoriais forem concluídos.
Sinais de alerta para intoxicação alimentar em cavalos
Especialistas explicam que os principais sinais de intoxicação alimentar em equinos incluem:
Letargia ou apatia;
Diarreia ou cólicas severas;
Tremores musculares ou convulsões;
Perda de apetite.
Caso os tutores identifiquem esses sintomas, é fundamental buscar atendimento veterinário imediato e comunicar as autoridades competentes.
A continuidade das investigações será crucial para esclarecer o que levou à série de mortes e prevenir que novos episódios afetem outros animais.
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Foto: Divulgação
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