Na madrugada deste domingo (10), um dos pilares da ponte de acesso ao Píer do porto Chibatão, localizado na rua Desembargador Felismino Soares, bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul de Manaus, cedeu parcialmente, causando um grande susto entre os funcionários que estavam nas proximidades. O desabamento foi atribuído à erosão que afeta a estrutura, agravada pela estiagem severa que vem castigando o Amazonas nas últimas semanas.
Vídeos do incidente circularam amplamente nas redes sociais, mostrando o exato momento em que um dos pilares da ponte cede. Nas imagens, é possível ver funcionários assustados correndo para longe do local, buscando abrigo e temendo por sua segurança. Felizmente, não houve feridos, uma vez que o desmoronamento ocorreu durante o horário de intervalo dos trabalhadores.
Testemunhas relataram que a movimentação repentina e o barulho do colapso da estrutura geraram uma situação de pânico momentânea. “A gente escutou um barulho muito alto, e quando olhamos, vimos a parte da ponte caindo. Todo mundo correu”, disse um funcionário que preferiu não ser identificado.
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Estiagem e estruturas de risco
Em nota oficial, o Grupo Chibatão, responsável pelo porto, afirmou que o incidente foi causado pela estiagem severa que atinge o Amazonas, o que teria acelerado o processo de erosão em uma das bases da ponte. A empresa garantiu que, após uma avaliação técnica emergencial, foi constatado que a estrutura do segundo acesso permanece segura, permitindo que as operações no Píer Chibatão continuem sem interrupções.
“O Grupo Chibatão reafirma seu compromisso com a segurança dos colaboradores e com a continuidade responsável das operações. Estamos tomando as medidas necessárias para assegurar a integridade das instalações e garantir que situações como essa não se repitam”, declarou a empresa em comunicado.
Medidas de segurança e preocupações com a infraestrutura
A estiagem recorde tem gerado preocupação em diversas frentes no Amazonas, afetando não só o volume dos rios e o abastecimento hídrico, mas também a estabilidade de estruturas próximas às margens dos rios. O porto Chibatão, um dos mais movimentados da região Norte, já havia adotado algumas medidas preventivas nas últimas semanas, mas o impacto da seca extrema surpreendeu a equipe de engenharia.
A Defesa Civil do Amazonas informou que está monitorando os portos e demais estruturas da capital e de áreas afetadas pela estiagem. “Estamos em contato com as empresas de logística e de transporte fluvial para garantir que haja reforço nas inspeções e, se necessário, reforço nas estruturas que possam estar vulneráveis”, afirmou o órgão em nota. Além disso, foram anunciadas visitas técnicas para avaliar a segurança em outros portos da cidade, onde a situação também preocupa.
A ocorrência serve como um alerta para que outras empresas do setor intensifiquem a manutenção de suas instalações, especialmente em um momento de condições climáticas adversas. A estiagem histórica tem afetado as operações de diversas companhias em Manaus e região, gerando impactos significativos nas atividades portuárias e no transporte fluvial, essencial para o abastecimento de boa parte da população amazônica.
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Foto: Reprodução
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