Nessa semana, a xeica Mahra bint Mohammed bin Rashid Al Maktoum, da realeza de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, chamou atenção ao anunciar o fim de seu casamento com o milionário Mana Al Maktoum através do Instagram. O comunicado não apenas surpreendeu seus seguidores, mas também seu próprio marido, que é seu primo.
O casal, que teve um casamento luxuoso em 2023, celebrou o nascimento do primeiro filho há pouco mais de dois meses, conforme noticiado pela “BBC”. As constantes traições de Mana seriam o motivo para o término do casamento.
Mahra chocou seus seguidores ao fazer referência ao “talaq”, uma prática proibida em vários países islâmicos, onde o marido pode se divorciar repetindo “eu me divorcio de você” três vezes. Em seu post, ela escreveu: “Querido marido, como você está ocupado com outras companhias, declaro nosso divórcio. Eu me divorcio de você, eu me divorcio de você, e eu me divorcio de você. Cuide-se. Sua ex-esposa.”
Quem é Mahra Al Maktoum?
Aos 30 anos, Mahra é uma das 26 filhas do emir de Dubai, xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum, que também é primeiro-ministro e ministro da defesa dos Emirados Árabes Unidos. Sua mãe é a grega Zoe Grigorakos.
Em 2023, a princesa concluiu sua graduação em Relações Internacionais em Londres, compartilhando momentos da cerimônia de formatura em seu Instagram. Além disso, ela se casou com Mana Al Maktoum e deu à luz sua primeira filha. Mahra usa as redes sociais para compartilhar seu amor por cavalos e suas participações em eventos beneficentes e da alta sociedade de Dubai. A mídia árabe destaca seu envolvimento em causas de empoderamento feminino e apoio ao empresariado local.
Seu pai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, teve sua reputação abalada por acusações graves. Em 2021, foi acusado de manter a filha Latifa em cativeiro, e em 2020, foi condenado pela Justiça do Reino Unido por ordenar o sequestro de duas filhas e ameaçar sua ex-mulher. Mohammed bin Rashid teve seis esposas e mais de 20 filhos.
Sobre Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, o pai da princesa Mahra
Em 2020, a Justiça do Reino Unido concluiu que Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, emir de Dubai, ordenou o sequestro de duas de suas filhas e intimidou sua ex-mulher, princesa Haya Bint al-Hussein. O julgamento revelou o uso de sua influência para ameaçar Haya, incluindo ameaças de jogá-la de um helicóptero no deserto.
Haya, também princesa da Jordânia, fugiu para o Reino Unido após rumores de um caso com um guarda-costas e entrou com um processo pedindo a guarda dos filhos, alegando temer por sua vida. A Justiça britânica tornou o caso de interesse público, apesar dos esforços do emir para mantê-lo em sigilo.
O julgamento destacou os casos de sequestro e tortura das filhas Latifa e Shamsa, que tentaram fugir dos Emirados Árabes Unidos, mas foram forçadas a retornar e viveram sob condições restritivas. O emir negou as acusações, afirmando que a Corte foi parcial e que o caso era de natureza familiar.
O caso trouxe à tona questões de direitos humanos e a influência política do emir de Dubai, pressionando o governo britânico a lidar com um aliado de longa data.
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