São Paulo viveu mais uma emocionante edição da Corrida Internacional de São Silvestre neste 31 de dezembro de 2024. A queniana Agnes Keino, de 36 anos, confirmou o favoritismo e venceu a 99ª edição da prova feminina com o tempo de 51 minutos e 26 segundos. Em uma performance irretocável, Keino liderou do início ao fim, deixando sua compatriota Cynthia Chemweno com o segundo lugar. O destaque brasileiro ficou por conta de Nubia de Oliveira, que conquistou a terceira colocação e garantiu o único lugar no pódio para o Brasil.
A vitória de Agnes Keino reforça a hegemonia do Quênia na prova feminina da São Silvestre, marcando a oitava conquista consecutiva para o país. Cynthia Chemweno, segunda colocada, completou a “dobradinha queniana”, consolidando a força do país em corridas de longa distância.
Apesar do domínio africano, Nubia de Oliveira foi o grande nome brasileiro do dia. A atleta, natural de Campo Formoso, na Bahia, travou uma disputa acirrada com uma corredora da Tanzânia nos metros finais e cruzou a linha de chegada para assegurar o terceiro lugar. A façanha de Nubia ganha ainda mais relevância considerando seu histórico: em 2023, ela havia terminado na nona colocação. “Treinei muito para estar aqui, e este pódio é um sonho realizado. Representar o Brasil entre tantas atletas de alto nível é uma grande honra”, celebrou a baiana emocionada.
Os desafios do percurso
Com 15 quilômetros de extensão, o tradicional trajeto pelas ruas de São Paulo contou com condições climáticas favoráveis, embora o calor da manhã tenha representado um desafio adicional para os competidores. A emblemática subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, como sempre, foi decisiva para o desfecho da corrida, separando as líderes das demais competidoras.
Preparação para o centenário
A 99ª edição da São Silvestre também marca a contagem regressiva para o centenário da prova, que será celebrado em 2025. Considerada uma das corridas de rua mais importantes do mundo, o evento reúne anualmente atletas profissionais e amadores de diferentes nacionalidades, promovendo um espetáculo esportivo único.
Enquanto o Quênia continua dominando as provas femininas, a presença de Nubia de Oliveira no pódio reacende as esperanças de uma vitória brasileira nos próximos anos. Para a torcida brasileira, o sonho de repetir conquistas históricas, como as de Maria Zeferina Baldaia em 2001, segue vivo.
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Foto: Marcos Ribolli
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