O Amazonas enfrenta desafios significativos devido à seca, e as previsões para 2024 são preocupantes. A Defesa Civil do Amazonas alertou que 2024 pode trazer uma seca mais severa do que no ano passado. Os rios do estado estão com níveis abaixo do esperado para esta época, o que aumenta a preocupação. Embora ainda faltem alguns meses para que os impactos da seca sejam sentidos, é essencial que a população esteja preparada.
As recomendações da Defesa Civil são que, para quem mora em áreas afetadas, especialmente aquelas de difícil acesso por embarcações, fazer uma estocagem de água, alimentos e medicamentos. Isso ajudará a enfrentar o período de risco.
Abandonar o lar é difícil, mas é recomendado também manter o mínimo de pessoas possível nas áreas afetadas para poder evitar o isolamento.
Famílias que vivem em áreas historicamente afetadas durante a estiagem devem buscar abrigo em casas de familiares nas sedes dos municípios. Caso não tenham essa opção, o poder público, tanto prefeituras quanto o governo, disponibilizará locais para recepcionar essas famílias.
Apesar do término da seca severa em 2023, todos os 62 municípios do Amazonas iniciaram 2024 em situação de emergência. Isso demonstra que os efeitos prolongados da seca ainda persistem, mesmo com a elevação dos níveis dos rios.
Queimadas Recordes
A Amazônia brasileira registrou 17.182 focos de queimadas nos primeiros quatro meses de 2024, o maior número para o período janeiro-abril desde 2003. Isso representa um aumento de 81% em relação a 2023.
Na Amazônia, especificamente, foram 8.977 focos, a taxa mais alta de queimadas desde 2016. Isso inspira preocupação, pois a temporada de incêndios geralmente ocorre entre junho e outubro, mas a degradação florestal ocorre durante todo o ano.
No Cerrado, que também enfrenta altas taxas de desmatamento, o primeiro quadrimestre de 2024 registrou a taxa mais alta de toda a série histórica do Inpe. O Pantanal, que já sofreu com incêndios devastadores em 2020, também registrou 653 focos no início deste ano.
Impactos Climáticos
O climatologista Carlos Nobre destaca que mesmo durante o período chuvoso, houve um recorde de queimadas, especialmente no Cerrado e no Pantanal. Isso é crítico para regiões como o sul da Amazônia, onde a estação chuvosa costuma ocorrer nos primeiros quatro meses do ano.
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