O supertufão Man-yi, que já é considerado um dos fenômenos mais intensos da temporada, tocou o solo nas Filipinas neste sábado (16), provocando caos e desespero em diversas regiões do arquipélago. Com ventos de até 195 km/h registrados no município de Catanduanes, na região de Bicol, o tufão trouxe consigo ondas gigantescas de até 14 metros de altura, deixando rastros de destruição e medo.
De acordo com o órgão meteorológico estatal, Man-yi pode intensificar-se ainda mais nas próximas horas, ameaçando a maior ilha filipina, Luzon, onde se concentra a maior parte da população e das atividades econômicas do país. “A situação é potencialmente catastrófica. A população precisa agir imediatamente para proteger suas vidas”, alertou a agência meteorológica local.
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Evacuações em massa e toque de recolher
Mais de 650 mil pessoas já deixaram suas casas, atendendo aos apelos do governo e das agências de resposta a desastres. Em Catanduanes, uma das áreas mais atingidas, o cenário é de apreensão. Abrigos temporários estão superlotados e, em muitos casos, faltam recursos básicos para atender às famílias deslocadas.
Marlo Iringan, subsecretário do Interior, destacou a necessidade de evacuações preventivas. “É essencial que a população siga as orientações das autoridades. Evacuar antes da chegada do perigo é a melhor forma de salvar vidas. Não podemos arriscar a segurança dos socorristas”, declarou.
Na capital da província de Catanduanes, Virac, mais de 400 pessoas buscaram abrigo no prédio do governo local. As autoridades também recorreram a ginásios para acomodar os recém-desalojados. Em uma medida drástica, soldados foram mobilizados para retirar cerca de 100 famílias de áreas costeiras sob risco de submersão.
Histórico de destruição recente
Este é o sexto grande tufão a atingir as Filipinas em apenas um mês, agravando ainda mais a crise humanitária no país. As tempestades anteriores já deixaram 163 mortos, milhares de desabrigados e prejuízos incalculáveis na agricultura e na pecuária. Para milhões de filipinos, a sucessão de desastres representa um golpe devastador, comprometendo a segurança alimentar e a recuperação econômica.
Especialistas alertam que o impacto em Luzon, previsto para a tarde deste domingo (17), pode ser ainda mais severo. A região, que abriga a capital Manila e milhões de habitantes, está em alerta máximo para inundações e deslizamentos de terra.
O presidente Ferdinand Marcos Jr. convocou uma reunião emergencial para coordenar os esforços de resposta ao desastre. O governo já mobilizou equipes de resgate, unidades médicas e recursos logísticos para as áreas mais vulneráveis.
Solidariedade e resiliência
Apesar da gravidade da situação, histórias de solidariedade emergem em meio ao caos. Comunidades locais estão se unindo para oferecer abrigo, alimentos e assistência aos mais afetados.
Enquanto o supertufão Man-yi continua sua trajetória, a atenção do mundo se volta para as Filipinas, em um apelo por ajuda humanitária e suporte internacional. A resiliência do povo filipino será mais uma vez posta à prova diante da força implacável da natureza.
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Foto: Charism Sayat / AFP


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