Tite passa mal e é internado após jogo do Flamengo contra o Bolívar

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O técnico do Flamengo, Tite, foi internado após sofrer uma arritmia cardíaca durante o voo de retorno de La Paz, onde o time enfrentou o Bolívar pelas oitavas de final da Copa Libertadores. A partida, realizada a 3.400 metros de altitude, terminou com a derrota do Flamengo por 1 a 0, mas garantiu a classificação do clube para as quartas de final graças à vitória por 2 a 0 no jogo de ida.

Fibrilação Atrial:

Os exames realizados no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, confirmaram que Tite, de 62 anos, sofreu uma fibrilação atrial, um tipo específico de arritmia cardíaca. Esta condição ocorre quando os átrios, as câmaras superiores do coração, não se contraem de forma sincronizada, resultando em batimentos cardíacos acelerados e irregulares. A fibrilação atrial é uma doença que afeta cerca de 10% dos idosos e pode levar a complicações graves se não tratada adequadamente.

Muricy Ramalho teve o mesmo diagnóstico

A situação de Tite remete ao caso do ex-técnico Muricy Ramalho, que também sofreu de fibrilação atrial enquanto comandava o Flamengo. Muricy, então com 60 anos, teve que abandonar a carreira de treinador por recomendações médicas e atualmente trabalha como coordenador técnico do São Paulo. “Lógico que eu gostaria de continuar como técnico. Mas os médicos não deixaram. Foi duro, mas optei pela minha vida”, declarou Muricy na época.

O Jogo e a tensão

O Flamengo enfrentou dificuldades na partida contra o Bolívar, e o goleiro Rossi foi fundamental para evitar uma derrota mais expressiva, realizando pelo menos quatro grandes defesas. A tensão do jogo e a altitude de La Paz podem ter contribuído para o mal-estar de Tite. Em nota oficial, a direção do Flamengo afirmou que a arritmia foi consequência da altitude, mas não descartou a possibilidade de ser um problema específico do treinador.

Tratamento e prognóstico

Até o momento, os médicos não indicaram a necessidade de intervenção cirúrgica para Tite, que está sendo tratado com medicamentos. O treinador permanecerá internado até que seu quadro seja revertido. Durante sua ausência, seu filho Matheus e o auxiliar Cléber Xavier assumirão o comando do time.

Altitude e corpo humano: o que e como afeta?

A altitude elevada pode ter diversos efeitos no corpo humano devido à menor pressão atmosférica e à redução da quantidade de oxigênio disponível no ar. Aqui estão alguns dos principais impactos:

Efeitos Fisiológicos

  1. Redução da Pressão Atmosférica: Em altitudes elevadas, a pressão atmosférica diminui, o que significa que há menos moléculas de oxigênio disponíveis para respirar. Isso pode causar uma série de desafios para o corpo, que precisa se adaptar a essa nova realidade.
  2. Aumento da Frequência Respiratória: Para compensar a menor disponibilidade de oxigênio, o corpo aumenta a frequência respiratória. Isso ajuda a transportar mais oxigênio para os tecidos, mas pode causar hiperventilação e sensação de falta de ar.
  3. Produção de Glóbulos Vermelhos: O corpo aumenta a produção de glóbulos vermelhos para melhorar a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. No entanto, isso também pode tornar o sangue mais viscoso, aumentando o risco de problemas cardiovasculares.
  4. Sintomas Comuns: Entre os sintomas mais comuns de exposição a altas altitudes estão dor de cabeça, náusea, tontura, fadiga e dificuldade para dormir. Em casos mais graves, pode ocorrer edema pulmonar ou cerebral.

Adaptação e Desempenho

  1. Adaptação Gradual: Para minimizar os efeitos negativos, é recomendável uma adaptação gradual à altitude. Isso permite que o corpo se aclimate e reduza os sintomas adversos.
  2. Impacto no Desempenho Físico: A capacidade de desempenho físico pode ser significativamente reduzida em altitudes elevadas devido à menor disponibilidade de oxigênio. Atletas e pessoas que praticam atividades físicas intensas podem notar uma diminuição na resistência e na capacidade de recuperação.
  3. Condições Específicas: Pessoas com condições pré-existentes, como problemas cardíacos ou respiratórios, podem ser mais afetadas pela altitude e devem tomar precauções adicionais.

Entender como a altitude afeta o corpo humano é indispensável para quem planeja viajar ou praticar esportes em regiões montanhosas. Preparação adequada e aclimatação gradual são essenciais para minimizar os riscos e melhorar o desempenho.

Quais são as dicas para minimizar o mal da montanha?

Minimizar os efeitos do mal da montanha, também conhecido como mal de altitude, é essencial para garantir uma experiência segura e agradável em altitudes elevadas. Aqui estão algumas dicas úteis:

1. Aclimatação Gradual

Suba lentamente para permitir que seu corpo se adapte à menor quantidade de oxigênio. Se possível, passe alguns dias em altitudes intermediárias antes de subir mais alto.

2. Hidratação

Beba bastante água para manter-se hidratado. A altitude pode causar desidratação mais rapidamente, então é importante beber líquidos regularmente.

3. Evite Esforço Físico Excessivo

Nos primeiros dias, evite atividades físicas intensas. Dê tempo ao seu corpo para se ajustar antes de realizar caminhadas ou escaladas mais exigentes.

4. Alimentação Adequada

Coma refeições leves e ricas em carboidratos. Evite alimentos pesados e gordurosos, que podem ser mais difíceis de digerir em altitudes elevadas.

5. Evite Álcool e Tabaco

O álcool e o tabaco podem agravar os sintomas do mal de altitude. É melhor evitá-los durante a aclimatação.

6. Chá de Coca

Em algumas regiões, como os Andes, o chá de coca é tradicionalmente usado para aliviar os sintomas do mal de altitude. Consulte um médico antes de consumir.

7. Descanso Adequado

Descanse bastante e durma bem. O sono é crucial para a recuperação e adaptação do corpo.

8. Medicamentos

Considere o uso de medicamentos preventivos, como a acetazolamida, que pode ajudar a reduzir os sintomas. Consulte um médico antes de tomar qualquer medicação.

9. Oxigênio Suplementar

Em casos mais graves, o uso de oxigênio suplementar pode ser necessário. Certifique-se de que sua hospedagem ou guia de viagem tenha cilindros de oxigênio disponíveis.

10. Conheça Seus Limites

Preste atenção aos sinais do seu corpo e não hesite em descer para altitudes mais baixas se os sintomas persistirem ou piorarem.

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