Incêndio: Iranduba sofre neste fim de semana e bombeiros combatem chamas

Em apenas 24 horas, mais de 30 focos de incêndio foram registrados na Região Metropolitana de Manaus, com o município de Iranduba sendo um dos mais afetados. O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) mobilizou uma equipe de 50 bombeiros para combater as chamas, que têm causado grande preocupação entre os moradores e autoridades locais.

Os incêndios começaram na manhã de sábado (14) e se espalharam rapidamente devido às condições climáticas adversas, como altas temperaturas e ventos fortes. Segundo o subcomandante do CBMAM, coronel Reinaldo Menezes, cerca de 29 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas até o momento. “Nossos bombeiros de Iranduba vêm atuando constantemente na área, contudo, a vegetação está muito seca e, consequentemente, novos focos surgem a todo instante”, afirmou o coronel.

Operação Céu Limpo

A ação faz parte da operação Céu Limpo, que visa combater as queimadas que atingem o Amazonas durante o período de estiagem. Além dos bombeiros, homens da Força Nacional também estão integrando a operação, utilizando 12 viaturas e equipamentos especializados para controlar os incêndios.

O Amazonas enfrenta um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas. De acordo com o programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na primeira quinzena de setembro, o estado já registrou 4.090 focos de incêndio. Parte do Amazonas está encoberta por uma mancha de fogo de quase 500 quilômetros de extensão, conforme captado pelo satélite europeu Copernicus.

Devido à gravidade da situação, o Governo do Amazonas decretou estado de emergência em todos os 62 municípios do estado. Em agosto, o Amazonas teve o pior mês dos últimos 26 anos, com 10.328 focos de queimadas registrados pelo Inpe. A situação é agravada pela seca severa que atinge a região, dificultando ainda mais o combate às chamas.

A comunidade local está alarmada com a situação. Moradores de Iranduba relataram dificuldades respiratórias e preocupação com a segurança de suas propriedades. “Estamos vivendo um verdadeiro inferno. O ar está irrespirável e temos medo de perder tudo”, disse Maria Silva, residente da área afetada.

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