A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, enfrenta uma série de acusações na Justiça, e o processo mais recente terá seu veredito nesta terça-feira (6), mas isso não significa que ela será imediatamente presa.
O Ministério Público acusa a peronista de ter liderado uma organização de pessoas que contratou 51 obras viárias (com dinheiro público) do empresário de construção Lázaro Báez, que teria pagado aos dirigentes políticos para conseguir esses contratos.
Cristina é acusada de ter chefiado essa associação criminosa que teria fraudado o Estado argentino em US$ 1 bilhão.
Todas as obras supostamente superfaturadas foram feitas no estado de Santa Cruz, o reduto político de Cristina e Néstor Kirchner (marido de Cristina, que faleceu em 2010).
Cristina se diz inocente, e afirma que é vítima de perseguição política.
De qualquer forma, ela tem foro privilegiado por ser a vice-presidente (na Argentina, quem ocupa esse cargo também tem o posto de presidente do Senado). Apesar de ela poder ser condenada a prisão na decisão desta terça, para efetivamente cumprir a pena, ela terá que passar por um processo no Congresso que retire seus privilégios políticos.
Esse é o primeiro processo judicial que Cristina enfrenta que chega à fase final. Ela, no entanto, tem outros processos na Justiça que ainda estão abertos.
Veja abaixo algumas das outras acusações contra Cristina:
- Los Sauces
Esse caso é vinculado ao processo de envolvimento com o empresário Lázaro Baez.
Cristina e seus filhos Máximo e Florência Kirchner tinham uma empresa chamada Los Sauces S/A. De acordo com os promotores, essa empresa fingia que alugava propriedades para justificar para a Receita a origem de dinheiro ilícito.
A origem real do dinheiro da empresa seria, na verdade, propina de empresários como Lázaro Báez e também Cristóbal López.
Ou seja, a Los Sauces seria uma forma de lavar dinheiro.
- Hotesur
Esse caso é parecido com o Los Sauces: a família Kirchner é dona de hotéis no sul da Argentina. Báez e López teriam pagado diárias sem que os quartos tenham sido ocupados —ou seja, seria uma outra forma de lavar dinheiro.
- Cadernos da propina
Um motorista teria escrito um caderno com as anotações de onde ele entregava dinheiro durante os governos de Cristina Kirchner. Esse caderno foi encontrado e levado à Justiça.
Absolvida em caso de venda de dólares
A vice-presidente foi inocentada pela Justiça em um dos processos em que ela era acusada.
O processo é relativo a uma ação de Cristina quando ainda era presidente. Em 2015, no fim de sua gestão, Cristina teria dado uma ordem ao Banco Central da Argentina para vender dólares no mercado futuro por um valor menor que o de mercado.
Só que ela mesma teria se beneficiado dessa informação por ter feito operações com dólar antes da execução da ordem. A Justiça, no entanto, considerou que não houve prejuízo.
Por G1
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