Bomba ESG? Granada biodegradável é aposta para reduzir poluição

A Condor, uma das maiores fabricantes de armamentos não letais do país, desenvolveu granadas de gás lacrimogêneo e de gás pimenta feitas com material biodegradável, como forma de reduzir as emissões de poluentes.

As granadas de efeito moral, como são chamadas, geralmente usam borracha, material que pode levar séculos para se decompor. “Já esta usa um polímero natural, que vira praticamente pó após a detonação”, conta Lucas Carci, supervisor de marketing da empresa. Com isso, reduz-se também os riscos de que fragmentos da granada possam ferir as pessoas no local em que o arfefato é lançado.

O produto foi apresentado em um estande da Condor na feira LAAD, em São Paulo, que traz novidades em equipamentos militares e de segurança pública.

Granadas biodegradáveis da Condor, na feira LAAD (Exame)

A nova granada, chamada de Ecobody, foi desenvolvida pela empresa, que tem fábrica em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e hoje exporta produtos para mais de 80 países.

A empresa também desenvolveu um novo tipo de detonador para as granadas não letais, com um temporizador que pode ser configurado para fazer a explosão ser feita de modo mais rápido ou mais lento após o lançamento, com tempo entre 3 e 10 segundos.

Outra iniciativa para reduzir poluentes é aumentar os treinamentos digitais. A empresa desenvolveu um programa de formação em um ambiente de realidade virtual para preparar os agentes a disparar tiros com balas de borracha. Com isso, são gastos menos projéteis.

 

Texto: Rafael Balago | Repórter de macroeconomia na Exame

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