De acordo com a coordenadora da pesquisa e doutora em Química Orgânica, Rita de Cassia Nunomura, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), os animais tratados com extratos de uxi amarelo demonstraram perda de peso significativa após o período de 40 dias, quando comparado com o grupo de roedores que não recebeu tratamento com a planta.
“O objetivo foi avaliar a influência da administração do extrato de uxi amarelo sobre a obesidade através de camundongos com obesidade induzida por ração experimental”, apontou a pesquisadora.
No estudo, informou Rita, os animais foram divididos quatro grupos, cada um com seis camundongos machos, sendo o grupo I de controle, alimentado com ração comercial, e os demais grupos alimentados com ração para indução da obesidade. “Os grupos II e IV receberam o extrato aquoso de uxi na forma de tratamento e prevenção, respectivamente, e ao final, foram avaliados os níveis de colesterol total e triglicerídeo”, explicou.
Plantas amazônicas
O projeto abordou o estudo da composição química e atividade biológica de três espécies de plantas consideradas medicinais pela população. A partir disso, a pesquisa verificou questões de eficácia e segurança científica do carapanaúba, do jucá e do uxi amarelo, sendo a última com maior capacidade para promover melhoras nos níveis de colesterol e na redução de peso dos camundongos testados.
Dados alcançados por meio da pesquisa também indicaram que extratos de carapanaúba apresentaram resultados promissores no combate a células tumorais e possuem atividade antioxidante significativa.
Impactos
Segundo Rita de Cassia, o estudo vai possibilitar futuros estudos sobre a produção e a autenticação de novos medicamentos e fitoterápicos, para o acesso da população, diante das atividades antioxidante e anti-obesidade observadas nas plantas analisadas.
Além disso, a pesquisa demonstra a importância das espécies nativas da Amazônia e contribui para a manutenção da floresta em pé, por meio da utilização científica de espécies de modo biossustentável.
Participantes
Doze pesquisadores vinculados à Ufam, ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e à Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) participaram da pesquisa “Química e farmacologia de plantas amazônicas utilizadas para o tratamento de inflamações uterinas e obesidade”, iniciada em 2018 e finalizada em 2020.
Universal
O projeto intitulado “Química e farmacologia de plantas amazônicas utilizadas para o tratamento de inflamações uterinas e obesidade” recebeu apoio da Fapeam, via Edital nº 002/2018 do Programa Universal.
O programa financia atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, ou de transferência tecnológica, em todas as áreas do conhecimento, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Amazonas em instituição de pesquisa ou ensino superior ou centro de pesquisa, público ou privado, sem fins lucrativos, com sede ou unidade permanente no estado.
FOTOS: Érico Xavier/Fapeam
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Seca histórica ameaça a sobrevivência de pescadores no Amazonas
out
Governo e PT rejeitam emenda que restringiria apostas para beneficiários do Bolsa Família
out
Cristiano Ronaldo homenageia pai com mais um gol marcado
out
Chuvas intensas em Manaus neste mês de outubro, segundo previsões meteorológicas
set
Anatel vai derrubar mais de 600 sites de apostas Bets
set
Gusttavo Lima se defende de acusações em live no Instagram
set