O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) aplicou uma multa de R$ 140 mil, na terça-feira (11/03), a um homem que mantinha peixes e quelônios em cativeiro sem a devida licença ambiental. A fiscalização, realizada no bairro Parque Dez de Novembro, na zona centro-sul de Manaus, resultou na identificação de 23 tambaquis, 20 tartarugas e 4 pirarucus.
Uma multa de R$ 100 mil foi imposta ao responsável por manter em cativeiro 20 espécimes de tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa), espécie em risco de extinção, sem a devida licença ou autorização do órgão ambiental competente. Além disso, uma multa de R$ 20 mil foi aplicada por operar atividade de piscicultura sem a devida licença ou autorização do órgão ambiental competente.
A última multa de R$ 20 mil também foi emitida por manter em cativeiro 4 espécimes de pirarucu (Arapaima gigas), espécie protegida e igualmente considerada em risco de extinção, sem a permissão ou autorização do órgão ambiental.
Mais detalhes
De acordo com o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, o responsável pela criação ilegal dos animais admitiu não tem a licença necessária para a atividade e nem o documento da origem legal dos espécimes.
“Diante da impossibilidade de remoção imediata dos animais, o responsável pela criação ficará como fiel depositário, ou seja, ficará temporariamente responsável pela guarda dos animais, mas não poderá realizar qualquer ato que comprometa seu bem-estar ou destino, como a venda ou transferência dos mesmos”, disse o gestor.
Picanço destacou que o infrator aguardará a definição da instituição designada pelo Ipaam para receber os animais adequadamente. “O poder público, posteriormente, fará o resgate e a destinação final dos animais”, complementou o diretor-presidente.
Segundo técnico da Gerência de Fiscalização Ambiental (Gefa) do Ipaam, que atuou na ocorrência, foram lavrados os procedimentos administrativos pertinentes, incluindo a aplicação de multas e Termos de Apreensão, devido à manutenção ilegal dos animais.
O infrator dispõe de um prazo de 20 dias para efetuar o pagamento da multa e/ou 20 dias para apresentar defesa, conforme estabelecido no Decreto Federal nº 6.514/08.
Licenciamento Ambiental
Para obter informações sobre os requisitos administrativos necessários para solicitar o licenciamento para a criação de espécies como tambaqui, pirarucu e quelônios, acesse o site do Ipaam www.ipaam.am.gov.br. Lá, você encontrará as orientações gerais, requisitos e o termo de responsabilidade para proteção da fauna.
No site, clique na aba ‘Serviços’ e, em seguida, selecione a opção “3601 – Viveiro escavado em tanque reservatório e laboratório de reprodução induzida de organismos aquáticos, até 50 hectares – Cadastro” para o licenciamento de tambaquis e pirarucus. Para a criação de quelônios, selecione a opção “3708 – Mantenedor de fauna silvestre”.
Denúncia
O Ipaam reforça a importância de regularizar as atividades que envolvem a fauna, além de destacar a necessidade do licenciamento ambiental para evitar impactos negativos ao meio ambiente e possíveis penalidades.
Em caso de denúncias, o Ipaam disponibiliza o contato da Gerência de Fiscalização Ambiental pelo WhatsApp: (92) 98557-9454. Para dúvidas gerais, o interessado pode ligar para a Gerência de Fauna (GFAU) do Ipaam pelo telefone: (92) 2123-6739.
(FOTOS: Moisés Henrique/Ipaam)
➡️Mais notícias sobre Meio Ambiente, você encontra aqui.
📲Acompanhe o Igarapé News nas redes sociais.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Com apoio do Governo do Amazonas, pesquisa mostra potencial biotecnológico da folha de pau-de-balsa como substituto do mercúrio na mineração
No Amazonas, mais de três mil indígenas realizam festival e jogos indígenas
ASPROC e Consea-AM realizam doação de 50 kg de pirarucu para catadores de reciclagem em Manaus
Últimos dias de inscrições para o 2º “Close”, festival de cinema dedicado a obras com temáticas do universo LGBTQIAPN+
Abril Indígena Valer: Duhigó, Paulo Dessana e Ytanajé são os convidados da Roda de Conversa, neste sábado (19)
Em vistoria, Roberto Cidade cobra de DNIT ação efetiva para recuperação do Porto de Borba, que foi destruído por balsa de soja