A Justiça concedeu, nesta quarta-feira, liberdade provisória a Hugo Duarte, treinador do JC, do Amazonas, preso em flagrante na noite da última terça-feira, após denúncia de injúria racial contra uma jogadora do Bahia, em partida da segunda divisão do Campeonato Brasileiro Feminino. O treinador nega que tenha cometido o crime.
CENAS LAMENTÁVEIS!
— Neto (@netosouzaecb) July 9, 2024
Após o acesso do Bahia a Série A1 do Brasileirão Feminino, rolou confusão entre as jogadoras do Bahia e do JC.
Após o tumulto, a torcida tricolor fez a festa!
Vencemos na ida e empatamos na volta. pic.twitter.com/2y3p3DLGDk
Na decisão, a juíza Marcela Moura França determina medidas cautelares, como proibição de aproximação a menos de 200 metros da vítima, comparecimento bimestral em juízo por período de um ano e também a todos os atos processuais. Hugo, que está proibido de se ausentar da comarca onde reside sem autorização, ainda vai precisar pagar fiança no valor de 30 salários mínimos para ser solto.
Tudo começou durante a comemoração do acesso Bahia à Primeira Divisão do Futebol Feminino, após empate com o JC, no estádio de Pituaçu, em Salvador. Na ocasião, uma confusão foi formada, e Suelen, uma das jogadoras do Tricolor, relatou ter sido chamada de “macaca” por Hugo Duarte.
“A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista”, escreveu Suelen em publicação nas redes sociais.
Em nota, o JC, afirmou que repudia qualquer ato racista, mas que avalia com o setor jurídico “todas informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infame ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos”.
Já o Bahia prestou solidariedade a Suelen e cobrou “resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação“.
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