No último sábado (14), enquanto uma multidão de entusiastas de astronomia curtia no chão o fenômeno da Lua passando entre o Sol e a Terra, “do lado de lá”, no espaço sideral, o Observatório Climático do Espaço Profundo da NASA (DSCOVR) capturou uma visão diferenciado do evento: a sombra da Lua deslizando sobre nosso planeta azul.
Essa perspectiva de observação privilegiada foi possível porque o DSCOVR está a quase 1,6 milhão de quilômetros da Terra. A imagem mostra a sombra lunar varrendo principalmente o território dos EUA, rumo ao sul.
Lançado em 11 de fevereiro de 2015 por um foguete SpaceX Falcon 9, o DSCOVR é uma missão espacial conjunta da NASA, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) e da Força Aérea americana (USAF). Seu objetivo é monitorar o vento solar e também a Terra, a partir de uma posição estável no espaço.
Por que o último eclipse solar anular foi diferente dos outros?

Menos glamouroso que a maioria dos eclipses solares, muito buscados pela escuridão incomum que proporcionam durante o dia, o eclipse solar anular não cobre completamente o disco solar, mesmo no momento em que a Lua fica entre a Terra e o Sol. O resultado desse tipo específico de eclipse é o brilho do Sol ao redor do nosso satélite natural: o “anel de fogo”.
Para que isso aconteça, é imprescindível a combinação de algumas coincidências. Primeiramente, a Lua precisa estar perfeitamente alinhada com o Sol, como ocorre em um eclipse solar total. Só que, no eclipse anular como o ocorrido no sábado, a Lua está em sua posição mais distante da Terra, o chamado “apogeu”.
Como está mais afastada de nós durante esse apogeu, a Lua parece menor no céu em relação ao Sol. Dessa forma, ela não é “grande” o bastante (sob o nosso ponto de vista) para cobrir totalmente o disco solar.
Como o DSCOVR viu o eclipse solar anular do espaço?
A meio caminho entre a Terra e o Sol, no chamado Ponto de Lagrange 1, ou L1, o DSCOVR tem seu ponto orbital estabilizado pelo equilíbrio entre as forças gravitacionais dos dois corpos celestes.
Por isso, quando apontou sua Câmera de Imagem Policromática da Terra (EPIC) para o nosso planeta, obteve uma visão global da sombra da Lua a partir do estado de Oregon, no noroeste do Pacífico, até o Texas, no sul.
Quem, na superfície do planeta, ficou sob a parte mais escura da sombra (linha central) conseguiu observar o “anel de fogo” em volta da Lua, como ocorreu em nove estados do Norte e Nordeste do Brasil. Já os observadores fora da linha viram apenas um eclipse parcial, com duração e nível de escurecimento proporcionais à posição dos observadores.
Por Universe Today e Space.Com
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Vídeos; Carro pega fogo e complica trânsito na Av. Darcy Vargas, em Manaus
Morre Cacá Diegues, ícone do cinema brasileiro, aos 84 anos, no Rio de Janeiro
Prefeito David Almeida vistoria ação em igarapés para prevenir alagamentos no inverno amazônico
FAB abate aeronave carregada de drogas no interior do Amazonas
Prefeito David Almeida anuncia tratativas para implantação de sistema de reconhecimento facial em Manaus
Roberto Cidade preside votação que criou as Secretarias da PcD, de Proteção Animal e de Pesca e Aquicultura