O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol anunciou nesta terça-feira (3) a revogação do decreto de lei marcial, após os deputados da Assembleia Nacional rejeitarem unanimemente a medida em uma votação emergencial. A decisão veio horas após o decreto, que surpreendeu o país ao impor restrições a direitos civis e transferir poderes para autoridades militares.
Yoon argumentou que a medida visava combater forças “antiestado” e proteger a ordem constitucional frente a supostas ameaças ligadas à Coreia do Norte. “Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”, afirmou mais cedo.
O decreto gerou forte oposição entre os parlamentares e na sociedade civil. Manifestantes tomaram as ruas de Seul, protestando contra a decisão e exigindo a renúncia de Yoon. Dentro do próprio governo, a medida também encontrou resistência.
Mesmo com o fechamento do acesso à Assembleia Nacional e a presença de forças especiais para conter os manifestantes, os deputados conseguiram realizar uma sessão emergencial. Todos os 190 parlamentares presentes votaram contra o decreto. Pela legislação do país, a rejeição obriga o presidente a revogar imediatamente a medida, o que foi confirmado horas depois.
Após recuar, Yoon criticou a oposição, acusando-a de “paralisar o funcionamento do país”. Líderes oposicionistas, por sua vez, condenaram a ação presidencial. Lee Jae-Myung, líder do Partido Democrata, classificou o decreto como ilegal, enquanto Cho Kuk, de um partido menor, sugeriu a possibilidade de impeachment.
A crise política reflete as tensões crescentes entre o governo e a Assembleia Nacional, controlada pela oposição desde as eleições legislativas de abril, e alimenta os protestos populares que pedem mudanças no comando do país.
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(Foto de capa: The Presidential Office/Handout via Reuters. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, em pronunciamento na TV)
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