O Rio Negro, um dos principais cursos d’água da Amazônia, atingiu um nível crítico de vazante, marcando 22,76 metros, conforme dados divulgados pela Defesa Civil do Amazonas. Este fenômeno, que já afeta severamente a região, é um reflexo das condições climáticas extremas que têm assolado o estado.
Seca severa em 2024
O governo estadual já havia previsto uma seca severa para este ano, comparável ou até mais grave do que a enfrentada em 2023, que foi a pior dos últimos 120 anos. A estiagem do ano passado resultou em um estado de emergência em Manaus, com o fechamento de escolas rurais e a alteração de pontos turísticos importantes.
Atualmente, 20 cidades do Amazonas estão em situação de emergência devido à seca, afetando diretamente 111 mil pessoas. Em Envira, a população enfrenta desabastecimento e aumento nos preços de itens básicos, agravando ainda mais a situação de vulnerabilidade.
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Segundo o Porto de Manaus, o Rio Negro sofreu uma queda de 2,42 metros apenas em agosto, totalizando uma redução de 4,09 metros desde o início da vazante. A situação é igualmente crítica nas bacias do Alto Solimões, Médio Solimões e Médio Amazonas. Em Tabatinga, o nível do rio está em 0,02 metros, enquanto em Coari e Itacoatiara, os níveis são de 7,66 metros e 8,70 metros, respectivamente.
A Defesa Civil do Amazonas está em alerta máximo e tem implementado diversas medidas para mitigar os impactos da seca. Entre as ações estão a distribuição de água potável, a criação de poços artesianos e o fornecimento de cestas básicas para as comunidades mais afetadas.
Especialistas alertam que, se as condições climáticas não melhorarem, a situação pode se agravar ainda mais nos próximos meses. O governo estadual está trabalhando em conjunto com organizações não-governamentais e a comunidade internacional para buscar soluções sustentáveis e de longo prazo para enfrentar a crise hídrica.
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